quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Morrer de amores pelo Pico [8]

Ermida de S. Pedro, o primeiro templo a ser construído na ilhaO dia D tinha chegado. Os mais de dois mil e trezentos metros de altitude, esperavam-nos por detrás de um manto de nuvens cinzentas. Antes de partirmos para o sopé da montanha, tempo para recordarmos alguns pontos indispensáveis numa visita à ilha do Pico.


(continuação) O dia já ia longo, o alto da montanha estava coberto por um manto de nuvens, deixando a extremidade descoberta, o sol já preparava para se esconder ao fundo do Atlântico. Por hoje vamos ficar por aqui, regressando à nossa “adega” para descansarmos e carregar as “baterias” para outros dias intensos. Combinada, com o Deodato, está a subida ao alto da montanha do Pico.
O dia da escalada tinha chegado. A estadia no Pico foi apaixonante, todo o que vimos e visitámos, deixa-nos “convencidos” a voltar de novo. O dia da partida, para Lisboa, estava a aproximar-se rapidamente. Guardamos para o fim aquela subida. E que subida. Para trás ficaram na retina recordações de olhares não transmissíveis.
E observámos tanta coisa. O Museu do Vinho, que nos conta a história do vinho nesta ilha. A Adega Cooperativa onde se produz o famoso verdelho tão apreciado e que recebe habitualmente os visitantes, oferecendo-lhe uma prova do VLQPRD “Lajido”. Os Arcos do Cachorro, uma formação rochosa com a configuração do focinho de um cão deram o nome a esta zona. O mar penetra pelos diversos túneis feitos pela erosão, fazendo efeitos interessantes. Também nesta zona, foi construída uma central eléctrica, que funciona com a energia resultante da força das ondas. A Quinta das Rosas, parque florestal com espécies exóticas.
O Museu Industrial, situado em S. Roque do Pico, está instalado na antiga Fábrica das Armações Baleeiras, onde existem apetrechos utilizados na transformação da baleia em produtos como a farinha e o óleo. As lagoas do Capitão, Caiado e Paul, zonas de interessante paisagem. Os Mistérios de Santa Luzia, Prainha e S. João, formados pela lava de erupções vulcânicas, que se verificaram no mar e que se uniram à ilha. A Furna de Frei Matias, perto da vila da Madalena, é um local de interesse. Santo Amaro, conhecida por ser uma terra onde a construção naval, teve grande importância. Ainda hoje funcionam aí alguns pequenos estaleiros navais.
A Piedade, no parque Matos Souto, onde existem espécies vegetais raras. O Miradouro da Terra Alta, situado na estrada que circunda a ilha pelo Norte. Deste miradouro pode-se observar a Ilha de S. Jorge, assim como a paisagem que a riqueza florestal da Ilha do Pico nos oferece. A Calheta do Nesquim, povoação com pequeno porto de pesca com grande tradição baleeira. Foi neste local que se constituiu a primeira Armação Baleeira. Ribeiras, freguesia com porto de pesca, com grandes tradições na actividade piscatória, terra de bons marinheiros.
Claro que não perdemos a oportunidade de visitar as Igrejas que são os principais monumentos desta ilha. A Igreja de Santa Maria Madalena, a mais importante da ilha, construída no Séc. XVII. O Convento S. Pedro de Alcântara, edifício do Séc. XVII com interior muito valioso. A Ermida de S. Pedro que foi o primeiro templo a ser construído na ilha, datado do primeiro quartel do Séc. XV, situando-se nas Lajes do Pico. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no Séc. XVIII. A Igreja de Santa Bárbara, nas Ribeiras, foi construída no Séc. XVII e reconstruída no Séc. XX e a Igreja de S. Sebastião, na Calheta do Nesquim, construção do Séc. XIX no local onde existia uma capela do Séc. XVI.(continua)

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