quarta-feira, 22 de julho de 2015

36 Anos, 36 Histórias

Capítulo 1

Terminei o ensino secundário - na altura 7º ano - com dezassete anos e a seguir chegava o Ano Propedêutico, uma espécie de Tele Escola para aceder ao ensino universitário.
Como aquela coisa passava de manhã na televisão, eu o Víctor - que já partiu - o Zé Gonçalves e o Gomes Bacalhau resolvemos realizar o estudo uma semana - de segunda a sexta - em casa de cada um, exceto do Gomes que morava na Arcena.
Não correu muito bem.
Nenhum passou esta fase, mas já não me recordo quem foi o campeão do king.
Com este ano escolar perdido - penso que ainda fizemos algumas disciplinas no exame final - chegou a oportunidade de concorrer à Força Aérea como voluntários.
O Víctor e o Zé ficaram por lá, o Bacalhau acabou por ir para o Exercito, mas eu como era míope fiquei fora e dediquei-me aos barcos.
Um vizinho dos meus Pais - o João da Figueira - arranjou-me o primeiro emprego na Argibay, uma empresa de construção naval que rivalizava com a Lisnave e a Setenave, onde foram construídos
diversos cacilheiros nos três anos que lá passei.
Comecei a 19 de março de 1979 e as primeiras semanas não foram fáceis.
Fui para a zona da carreira, local onde preparávamos a subida dos barcos que íam para reparação.
Ao fim de alguns dias os ombros já estavam em obras - tudo era levado às costas - as mãos bem magoadas, mas sempre de cara alegre.
Cerca de mês e meio depois mudei para outro local - mas a atividade, mais simpática em termos físicos, manteve-se à beira Tejo, onde estava um frio do caraças.
Esta primeira fase terminou com a mudança para a oficina, na área da serralharia.
Sempre de fato macaco, termina a primeira história.
Por esta altura devia ter vinte anos e picos.

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