sexta-feira, 24 de julho de 2015

36 Anos, 36 Histórias

Capítulo 3

Por todos os locais onde passei - no âmbito profissional e não só - angariei um conjunto muito significativo de Amigos e Amigas.
Regresso aos tempos da Argibay.
Dos muitos que lá conheci, com três deles foi criada uma grande amizade.
Já não me recordo como tudo nasceu, talvez por nos encontrarmo-nos há hora da bucha - 20 minutos de manhã e 20 à tarde - que era a qualquer hora no início, mas por causa dos abusos foi regulamentada.
O Manuel Campinho trabalhava na mesma área que eu - a Tita, uma das suas irmãs andou comigo na 5ª e 6ª classe - o António Cabaço era eletricista e o António Porto era maçariqueiro.
Conversa puxa conversa, começámos a sair ao almoço - no dia dos nossos aniversários - já não
regressando ao trabalho nesse dia.
Era a chamada meter uma tarde, não remunerada, claro.
Mas não era suficiente!
Não sei precisar a partir de que altura - mas penso que o fizemos, pelo menos uma vez no dia dos anos de cada um - passamos a meter uma folga, descontada nas férias.
O condutor era eu - com o Datsun 100A laranja do meu Pai - e o destino era Sesimbra.
Antes de almoço e já como umas jolas no bucho, saltávamos para a praia e havia sempre um dois para dois em futebol de praia.
O principal problema é que nascemos os quatro entre o outono e o inverno, pelos que pelo menos em duas vezes a nossa única companhia foi ... a chuva.
Secávamos-nos com as toalhas e o almoço era no restaurante O Pirata - não sei se ainda existe - mas antecipávamos o repasto com um ou dois pescadores, um aperitivo típico sesimbrense.
O regresso a casa continha, ainda, uma passagem por Lisboa, onde bebíamos mais uns copos.
A minha sorte era que na altura não havia balão.

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