sábado, 25 de julho de 2015

36 Anos, 36 Histórias

Capítulo 4

Vou até ao fim do ciclo.
A pré-reforma.
Desde que foi normal esta possibilidade na Caixa aos 57 anos de idade - com os 36 anos de descontos - que me foquei nessa meta.
Por brincadeira construí um contador - no Tio Jorge - para as segundas em falta, o dia da semana mais aborrecido.
Brincadeira que acabou estampada numa t-shirt que me ofereceram quando deixei o penúltimo local onde trabalhei na Caixa.
No inicio deste ano, começou a falar-se na hipótese desse limite etário baixar para os 55 anos.
Quando foi divulgado o Plano Horizonte - instrumento que permitia a pré-reforma nessas condições - o minha meta passou para 31 de maio deste ano.
Estamos a falar de uma estratégia forçada pela Troika, portanto, preparada há muito meses.
Em meados de maio foi informado que o meu pedido tinha sido diferido e que a data pretendida estava confirmada.
Nesse dia o meu chip mudou.
Três dias antes do dia D, informaram-me que afinal já não era assim.
Foi um choque tremendo!
Que enorme incompetência, transformando as seis semanas seguintes numa enorme angústia.
Finalmente chegou a notícia tão desejada.
20 de julho era o tão esperado dia, sendo uma enorme coincidência.
O primeiro dia na Caixa foi a 19 de julho 1982.

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