sexta-feira, 14 de agosto de 2015

36 Anos, 36 Histórias

Capítulo 8

Passados os primeiro meses na agência de Vila Franca de Xira, deixei a zona da Audit - onde se lançavam os movimentos na contas de depósitos à ordem - para passar para a área dos depósitos a prazo.
Numa época de constantes alterações da taxas de juro - conforme referi no capítulo anterior - o trabalho era intenso, com os depositantes a regressarem dois ou três dias depois de fazerem a aplicação, porque a taxa tinha subido.
A responsável dessa área era a Manuela, uma senhora irritante que
tive que aturar noutras ocasiões.
Pouco tempo depois de estar a trabalhar com ela, o Gerente chamou-me ao seu gabinete.
Disse-me ele “A sua colega diz que o Paulino cheira a bagaço depois de almoço”, ao que eu respondi “Se eu bebo um com o café é normal que cheire”.
Ele riu-se e disse “Faz muito bem, que eu também gosto".
Já logo à chegada à agência tive mais um diálogo interessante com o Simplício.
Vendo-me com a barba por fazer, questionou-me “Esqueceu-se de a fazer ou é
para continuar?”
Ela que se mantém até aos dias de hoje, enquanto que ele continua bem, já para lá dos setenta.

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