terça-feira, 13 de novembro de 2018

Um olhar alentejano

Dois meses depois de chegar a Cabeça de Carneiro, dei por mim a pensar na simpatia e simplicidade das pessoas desta aldeia.
São um pouco mais de 200 habitantes, sendo que a chegada de umas caras novas suscita curiosidade.
Eu cheguei sozinho com o Pizzi - um dos nossos dois cães - e a minha Princesa veio mais tarde, trazendo o Pablo, o mais velho.
À primeira dificuldade - adquirir e montar uma torneira para a máquina de lavar - esta foi rapidamente resolvida.
Numa aldeia em que em termos de comércio existe uma padaria e dois cafés, uma ida ao Café O Rui - mesmo ao lado da nossa porta - resolveu logo o problema.
O Manel do Café falou com o Zé e passado pouco tempo a torneira tinha aparecido e estava montada.
Há dias foi uma pilha que faltava para o esquentador e logo ela surgiu das mãos do Sô Manel.
Mesmo sabendo que estamos de passagem até nos fixarmos, definitivamente, em Oriola - tudo indica que só em 2019 - já fazemos parte da comunidade local.
Há dias partilhámos a tristeza da partida de um dos nossos vizinhos da frente, o Zé Joaquim.
Com os seus 86 anos, também ele contribuiu para a nossa rápida integração.
Recordo as suas palavras, sempre que eu passava pela sua porta quando ia passear os cães "Então, mais uma voltinha!"

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