quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Um olhar alentejano

Um ponto prévio a este texto.
Sou sempre a favor das greves que têm como objetivo melhorias salariais, desde que racionais.
Fiz várias durante a minha carreira profissional e considero ser um pilar da relação laboral em democracia.
Duas classes profissionais muito importantes da nossa sociedade - enfermeiros e juízes - estão num processo reivindicativo sobre as suas carreiras.
Os primeiros têm paralisado várias vezes nos últimos tempos, enquanto que os juízes ameaçam com uma greve que pode demorar um ano, dividida por 21 dias.
A curiosidade da diferença das reivindicações é que me deixa perplexo.
Do lado da enfermagem pretende-se uma carreira que privilegie os especialistas e que valorize financeiramente os mais antigos na carreira.
Do lado dos magistrados uma visão contrária.
Não concordam que os que entram agora na função recebam menos dos que já lá estão há anos.
Acho que a expressão a velhice é um posto não deve servir para todas as situações, mas parece-me muito mais coerente a atitude daqueles que tão bem nos tratam da saúde.

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