terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Incredulidade

Entrada principal do campo de concentração de Auschwitz (Birkenau) Confesso, que já poucas coisas me vão surpreendendo, nos dias que correm. A insensibilidade, a crise de valores, como escrevia há dias Jorge Monteiro, na sua Now Katrineta, a ausência de olharmos para o lado, para ajudar o nosso vizinho, todas estas constatações, já quase que me tornaram, também, alheio a alguns problemas.
Ontem, contudo, passando os olhos ao de leve pela televisão, retive duas notícias. Uma dava conta de uma conferência, no Irão, sobre o Holocausto. Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, já proclamou aos quatro ventos, que o brutal assassínio de milhares de judeus, é uma ficção ocidental para justificar a ocupação dos terrenos palestinianos. E agora vai fazer uma conferência, sobre um assunto, que segundo ele não existiu?
A segunda dizia respeito à morte do ditador Augusto Pinochet. Na rua, manifestações de apoiantes do general chileno, em oposição aos que se regozijavam com a sua morte. Como estarão as famílias, dos que foram assassinados, por ordem do general, cujos corpos nunca aparereceram? Como é possível dar vivas a quem, reconhecidamente, mandou matar todos, ou quase todos, os que lhe queriam fazer frente?
Estas notícias ainda me surpreendem. Mais, deixam-me incrédulo.
Será que todos os meios justificam os fins a que se destinam?

3 comentários:

Anónimo disse...

Me parece amigo Brasileño que usted no sabe nada de Chile. Usted tendría que haber vivido en Chile entre 1970 y 1973 para que pudiera opinar algo del por qué en Chile hubo un golpe de estado. Fueron todos los partidos políticos que pedían a gritos a los militares que rescataran a Chile de las manos de los comunistas que estaban haciendo de Chile un país miserable como lo ha sido Cuba en manos de Fidel. Pinochet y los militares que lo acompañaban hicieron mucho por Chile y nuestro país es lo que es hoy gracias a su acción. La dictadura en Chile fue muy diferente a las otras dictaduras de latinoamérica incluyendo a Brasil, lo cual lo digo con conocimiento de causa ya que viví en Brasil durante una de sus dictaduras. Los militares chilenos fueron tremendamente profesionales y sacaron el país adelante como ningún político ha sido capaz de hacerlo en toda nuestra historia.
Por supuesto que hubo violaciones a los derechos humanos y yo no justifico eso pero lo que trato de aclararle es que hoy día hay muchos chilenos agadecidos de lo que los militares encabezados por el general Pinochet hicieron por nuestro país y por eso que en el día de hayer más de 60.000 personas visitaron su féretro y le aseguro que son millones de chilenos que quisieran haberlo hecho como un simple gesto de reconocimiento y aprecio.
Atentamente,
Alfonso

Anónimo disse...

È verdade pessoas como esse tal "Pinochet" só estavam a mais no mundo que queremos; pleno de "LIBERDADE E PAZ", foi efectivamente o contrário disso que esse tal "Pinochet" fez no Chile, matando e desaparecendo com milhares de pessoas, só porque essas pessoas também tinham o direito á LIBERDADE.
Para os que desapareceram e foram assasinados a mando desse TIRANO DITADOR rendo-me e presto-lhes a minha homenagem.
Pró Ditador Pinochet o seguinte: Nunca deveria ter pisado este Planeta.
Se Deus existe então far-lhe-á a justiça que infelizmente não lhe foi feita na terra.

Correia

Avô Jorge disse...

Boa tarde Alfonso
Começo por te esclarecer, que sou português, nasci num país, onde pessoas foram mortas, por pensarem diferente do governo. O meu pensamento vai sempre no sentido, como tu o reconheces, de repudiar a violação dos direitos humanos. A motivação, seja ela qual for, não pode, nunca, justificar a morte de um único cidadão, seja ele o motivo mais forte. esta é a minha convicção, que, provavelmente, não ficou clara no meu post.
Um abraço para ti, Alfonso