segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Porque hoje é segunda

Esta é a tradicional Oxford-Cambridge As segundas feiras são, para mim, dias complicados, principalmente, nos primeiros minutos de trabalho. Talvez por isso, hoje veio-me à ideia uma anedota que há dias me contaram, que retrata, de forma excelente, as nossas grandes empresas.

Uma empresa portuguesa e outra japonesa, decidiram enfrentar-se todos os anos, numa corrida de canoa, com oito homens cada. As duas equipas treinaram duramente e no dia da corrida estavam, ambas, na sua melhor forma. No entanto, os japoneses venceram por mais de um quilómetro de vantagem.
Depois da derrota, a equipa ficou desanimada. O Administrador criou um grupo de trabalho para examinar a questão. Após vários estudos, o grupo descobriu que os japoneses tinham sete remadores e um capitão, enquanto a equipa portuguesa tinha um remador e sete capitães.
Perante esta conclusão, o Administrador teve a brilhante ideia de contratar uma empresa de consultadoria para analisar a estrutura da equipa.
Depois de longos meses de trabalho, os especialistas chegaram à conclusão que a equipa tinha capitães a mais e remadores a menos.
Com base nesse relatório, a empresa decidiu mudar a estrutura da equipa, passando a ser composta por quatro comandantes, dois supervisores, um chefe dos supervisores e um remador.
Especial atenção seria dada ao remador. Ele teria que ser melhor qualificado, motivado e consciencializado das suas responsabilidades.
No ano seguinte, os japoneses venceram com dois quilómetros de vantagem.
Os dirigentes da empresa despediram o remador, por causa do seu mau desempenho e deram um prémio aos demais membros, como recompensa pelo desempenho e pela forte motivação que tentaram incutir na equipa.
O Administrador preparou um relatório da situação, no qual ficou demonstrado que foi escolhida a melhor táctica, a motivação era boa e o material deveria ser melhorado.
Neste momento estão a pensar substituir a canoa.


Talvez, nesta história, apesar de ficcionada, esteja parte dos problemas da nossa economia.

Sem comentários: