Os apelos à utilização dos transportes públicos nas áreas urbanas das grandes cidades, multiplicam-se. Por vezes até surgem ameaças, que os automóveis vão ficar à porta, ou entram pagando uma portagem.
Eu, há bastante tempo que aderi à causa. De comboio e autocarro, faço o meu circuito diário, de casa para o trabalho, daí para a Universidade e o regresso à residência, no final do dia.
Além da possibilidade de ler durante os percursos, gosto especialmente das informações prestadas, daqueles quadros, supostamente electrónicos, que se encontram nos locais onde aguardamos a chegada dos nossos meios de transporte.
As coisas até têm corrido bem. Um atraso aqui, mais uns minutos ali, mas como sou bastante paciente, até encaro estas situações com normalidade.
Mas ontem as coisas não correram bem. Ao chegar a estação da CP em Entrecampos, deparei que os comboios circulavam com mais de trinta minutos de atraso. Aí, pensei: "A Cláudia é que tem razão, eles andam sempre atrasados". Bem, concerteza terá acontecido alguma coisa anormal.
Derivei para uma paragem dos autocarros da Carris, tentando ultrapassar aquela dificuldade, tipo "vou tentar enganar os comboios". Lá chegado, entrei no primeiro, a caminho da Gare do Oriente. Como não era directo para lá, fiz um transbordo, ou seja, saí dum e esperei por outro.
Espectáculo. Na paragem onde fiquei, pois nem todas têm, lá estava aquele magnífico quadro, que nos diz quanto tempo demora a chegar o nosso meio de transporte. Quatorze minutos era o tempo que faltava. Eram 18:10 horas.
A contagem decrescente era lenta, muito lenta, mas finalmente entrou na contagem dos cinco minutos finais. Quatro...três...quatro...cinco! Bem, o que se estará a passar? Será que o meu autocarro se arrependeu?
Afinal não, chegou às 18:50 horas. Quatorze minutos que demoraram quarenta!?
Será que o meridiano de Greenwich já estava a preparar o reveillon?
1 comentário:
a tua filha não gostou mt da referencia... mas de resto o texto tá mt bom! e as duas fotos? espectaculo! beijos
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