Estou em perfeita sintonia com o branco e azul, não o do Dragão, mas o do Ouriço. É que estes dias, tristes e cinzentos, deixam-nos assim...vazios. Nestas alturas, uma boa solução é recordar-nos de coisas alegres.
Vou buscar um excerto de um texto que escrevi há algum tempo, onde revivo um momento importante da minha vida.
Era uma sexta-feira à tarde, do mês de Setembro e os “alunos” previamente inscritos compareceram cedo no local. O entusiasmo era grande, também muito devido à juventude assinalável da maioria dos participantes. Salvo raras excepções, onde eu me incluía, tratavam-se de “teens”, ávidos de conhecimentos, mas carregados de irreverência. Um dos muros que rodeavam as instalações era o alvo privilegiado das brincadeiras, onde o Pinto, rapaz de muitos quilos e centímetros, ia colocando as moças, à vez, em cima do tal muro, que apesar de não ser o das lamentações, não deixava de não provocar reclamações das visadas. A Célia foi uma das escolhidas. Morena, com a cor agravada por muitas horas de sol no verão recente, uma mini-saia branca deixava ver umas pernas que faziam virar para elas os olhares masculinos. Os meus não fugiram à regra. Num impulso, dirigi-me a ela e ajudei-a a descer daquele alpendre improvisado. Cruzaram-se os olhares, os sorrisos e os agradecimentos. Não era um crente nos amores instantâneos, mas algo bateu cá bem fundo. Foi o primeiro dia do resto da minha vida.
É assim que vou ultrapassando estes dias, ancorado à sombra do teu belo olhar, decorado com um belo sorriso.
Um belo olhar da Célia.
3 comentários:
então então que te deu? sabes que também para mim foi o 1º dia do resto da minha vida não sabes? adoro-te
Haja gente apaixonada!!!!
Um abraço para os dois...
Existe olhares assim, que nos eluminam todo o nosso ser...
Um Forte Abraço
Enviar um comentário