Nunca vi nenhum homem-bomba e se vir algum, será provavelmente a última coisa que farei. Mas ontem, depois de completamente armadilhado para fazer o já por aqui badalado, registo poligráfico do sono, deveria parecer um suicida, mas mais moderno.
Sobravam fios de todo o lado, ligados à cabeça, pernas e peito, presos com adesivos e chegando a uma pequena caixa a tiracolo, que transportava debaixo do casaco. No autocarro e comboio em que viajei, todos me olhavam de soslaio. Se fosse em Telavive não tinha escapado. Pelo menos não explodi.
Quem não teve igual sorte foi a minha Universidade Independente. A bomba estoirou no final do dia pela voz do reitor, Dr. Luíz Arouca que depois de uma Assembleia-Geral extraordinária da SIDES, sociedade que gere a UnI, demitiu todos os elementos dos Conselhos Científicos e Pedagógicos.
Há muito tempo que se falavam de problemas e irregularidades. Agora sucedem as acusações de parte a parte, como já várias vezes aconteceu, quase sempre com os mesmos protagonistas.
Com as aulas suspensas até seis de Março, pelo menos, esperemos que tudo se resolva com bom senso e que todos nós, os alunos da UnI, não venhamos a sofrer com a ganância humana e os verdadeiros culpados sejam, de uma vez por todos, desmascarados.
Esperemos que não nos rebente nenhuma bomba nas mãos.
1 comentário:
E que lindo que estavas.....
Isto de viver com um Homem Bomba não é para todas....
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