Penso que já não é de estranhar as coisas que saem, amiudadamente, da boca de Alberto João Jardim.
Desde de chamar "bastardos" e "filhos da p..." aos jornalistas do continente, menosprezar as indicações do Tribunal de Contas, até ofender os mais altos representantes do nosso País, tudo é dito por este senhor, que domina a Madeira desde 1978.
Não tenho qualquer dúvida em afirmar que têm sido criadas na ilha excelentes infra-estruturas, nomeadamente turísticas, da responsabilidade de Jardim, apesar da existência de grande pobreza em certas zonas, algumas bem perto do Funchal.
Mas a evidência de trabalho executado, como é a seu dever, decorrente da sua eleição, não lhe dá o direito de ser mal educado.
A última grande novidade vinda deste conselheiro de Estado, foi a sua reacção à notícia de que o seu Governo Regional tinha concedido perto de cinco milhões de euros (quase um milhão de contos) ao Jornal da Madeira, só durante o ano de 2005.
Não negou, mas as suas explicações roçam o ridículo: "O Jornal da Madeira é hoje uma guerra de regime, não alinha pelo pensamento único e pela falta de pluralismo na comunicação social". Brilhante. Mas há mais: "Custe o que custar, tem que ser mantido para continuar a desenvolver a luta contra o sistema imposto".
Jardim que fica sempre tão zangado quando lhe falam do défice democrático, deu um tiro no pé, desvendando umas das mais elementares forma de controlo da informação, que ele tanto critica.
Pagar para escreverem o que ele achar melhor para o seu Governo. E até ele lá escreve.
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