
Nos poucos minutos que demoro de casa à estação da CP, aproveito para ouvir as últimas na rádio. Hoje, claro que a notícia era a Independente.
Pensei que não ía ouvir nada de novo. Mas enganei-me.
Falava Lúcio Pimentel à TSF, ele que aparece agora a dizer ser o representante da SIDES SA, sociedade proprietária da UnI. É aquele senhor, com cara de santo, que há duas semanas atrás foi apanhado pelas câmaras da televisão a fugir de dois agentes da PJ e depois veio dizer que: "apenas tinha ido almoçar".
Mas, adiante. Dizia ele que estava indignado com os motivos que o Ministro evocara para a decisão tomada. Que as aulas tem decorrido com normalidade (apesar de desde 26/02/07 eu não ter tido uma aula digna desse nome) e que, espante-se, ser normal no ensino superior, no início dos semestre aparecer mais de que um professor para dar uma disciplina!?
Belisquei-me...não, já estava acordado e imaginei a cena.
Primeira aula de uma qualquer disciplina, dois professores na sala olhando os alunos. Apresentam as suas credenciais. Cada um tem apenas um minuto para mostrar o que vale. De forma democrática os discentes fazem uma votação, por voto secreto, para escolherem o docente da cadeira. Depois da contagem, o escolhido é levado em ombros, até à Reitoria, para se ficar a saber quem foi o eleito.
Parem de gozar connosco. Podemos não ter aulas mas exigimos respeito.
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