segunda-feira, 23 de abril de 2007

Não presta

Um excelente desendo do do edifício da UnI Quero partilhar convosco um telefonema que recebi no passado sábado.
Atendi e do outro lado surgiu a identificação: "Fala Maria João Barreto". Para quem não sabe, trata-se de uma professora da Universidade Independente, que ganhou protagonismo recentemente por ter sido nomeada porta-voz da UnI.
Estranhei o contacto.
Depois da apresentação a pergunta: "Ainda é aluno da Universidade?". A resposta saiu rápida: "Não...nem dessa, e por enquanto de nenhuma". A porta-voz, acrescentou: "Tínhamos um projecto e estávamos a contar consigo".
Terminei, dizendo: "Na Independente nunca mais".
Fiquei a pensar no motivo do telefonema. Um projecto?
Claro que os alunos, na sua maioria, já foram ou vão mudar de estabelecimento de ensino. Mas será que os estão a contactar, pelo telefone, para voltarem? E alguém acredita que a UnI não vai fechar?
A tristeza que sinto pelo que aconteceu, não é traduzível em caracteres. Tenho a consciência tranquila de que nada fiz para provocar este desmoronamento. Ao contrário de Maria João Barreto, que conspirando pelos cantos contribuiu para o clima que conduziu ao fim da Universidade Independente.
Mas não foi só ela. Muitos outros docentes tiveram comportamentos reprováveis para colegas seus. E se é verdade que a gestão financeira foi ruinosa, não é menos verdade que uma boa parte dos professores ajudou, e de que maneira a "enterrar" o sonho de muitos.
Talvez por ser teimoso, talvez por já ter vivido quase meio século, não tenho uma opinião hoje e outra amanhã, conforme a música que é tocada.
Para mim esta senhora não presta.

2 comentários:

Pedro Cabral disse...

jorge era teu colega na uni e considero a tua resposta a prof Maria João Barreto muito adequara e muito integra algo que eu já desconfiava de ti. Eu votava em ti para qualquer coisa tanto faz o quê!

Anónimo disse...

Não confunda interesses com profissionalismo. O jorge recebeu, à semelhanca de todos os alunos da Uni, um telefonema. Pela primeira vez vi alguem preocupar-se com os alunos. Não vejo o porquê da indignação com o telefona..só lhe bastava dar um Não e o assunto ficava arrumado. Em relação às suas teorias conspirativas, sendo bancário costuma aconselhar os seus clientes a optarem por créditos dos bancos da concorrência que têm juros mais vantajosos? Que queria que lhe dissessem ao telefone? Que o melhor para si era mudar de universidade? O papel de um assessor é zelar pelo funcionamento de uma instituição, as tomadas de decisão cabem-lhe a si e ao seu "quase meio século". Há que separar as aguas.

abraco