Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa há 117 anos e morreu quando tinha 25 anos, em Paris, no dia 26 de Abril de 1916.
Poeta, contista e ficcionista português, foi um dos grandes expoentes do Modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração de Orpheu.
Este grupo que integrou Fernando Pessoa e Almada-Negreiros foi a primeira agremiação modernista portuguesa, sendo responsável pela edição da revista literária Orpheu, sendo daí que surgiu o seu nome.
Tornou-se num verdadeiro escândalo literário à época, motivo pelo qual apenas saíram dois números em Março e Junho de 1915. O terceiro, embora impresso, não foi publicado, tendo os seus autores sido alvo do gozo social na época, ainda que hoje seja, reconhecidamente, um dos marcos da história da literatura portuguesa, responsável pela agitação do meio cultural português, bem como pela introdução do modernismo no nosso País.
Desde sempre extravagante, tanto na morte como em vida, de que o poema Fim é um dos mais belos exemplos, convidou para presenciar a sua agonia o seu amigo José de Araújo. Uma vez que a vida não lhe agradava e aquela que idealizava tardava em se concretizar, Sá-Carneiro entrou numa cada vez maior angústia que viria a conduzi-lo ao seu suicídio, perpetrado no Hôtel de Nice, no bairro de Montmartre em Paris, com o recurso a cinco frascos de estricnina.
Pessoa dedicou-lhe um belo texto, apelidando-o de: "Génio não só da arte como da inovação dela" e dizendo dele: "Morre jovem o que os Deuses amam".
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