Foi baptizado como Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches, mas para a história ficou conhecido como Aristides de Sousa Mendes.
Nasceu em Cabanas de Viriato, Viseu, a 19 de Julho de 1885, faz hoje 122 anos.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, optando pela carreira diplomática.
Quando tem início a Segunda Guerra Mundial, é cônsul em Bordéus, França.
Salazar ordena aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusem conferir vistos às seguintes categorias de pessoas: "Estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio, apátridas, judeus, quer tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos".
Recusou-se a seguir as ordens do governo, concedendo vistos a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940, ano da invasão pela Alemanha Nazi, salvando, assim, dezenas de milhares de pessoas do Holocausto.
Regressado a Portugal, pai de uma família numerosa, é punido pelo governo de Salazar, que lhe retira o seu emprego diplomático por um ano, diminui em metade o seu salário, antes de o enviar para a reforma. Para além disso, perde o direito de exercer a profissão de advogado. A sua licença de condução, emitida no estrangeiro, é-lhe retirada.
Em 1945, Salazar felicitou-se por Portugal ter ajudado os refugiados, recusando-se, no entanto, a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático.
O cônsul demitido e sua família sobreviveu graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa.
Faleceu, muito pobre, a 3 de Abril de 1954 no Hospital dos Franciscanos em Lisboa.
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