Bem, esta semana escrevo em terras lusas.
Finalmente chegaram as tão ansiadas e merecidas férias.
Já não era sem tempo, as saudades já eram muitas, o tempo teimava em não passar e depois o frio também não estava a ser nada amigo, cada dia que passava mais baixa era a temperatura.
A ansiedade começava a reinar lá em casa.
Pensei para comigo falta pouco, muito pouco mesmo!
Ultimavam-se os preparativos, quando, como decidimos vir de avião, verificámos que tínhamos um grande problema para resolver: o limite de peso máximo de 20 quilos.
Só a minha mala vazia pesava dez. Juntando tudo o que queria trazer, prefazia um total de 33 quilos. Não estava fácil a arrumação, mas com muito esforço e metade da bagagem de fora, lá conseguimos que as malas tivessem todas o peso máximo permitido, pois cada quilo a mais significava uma multa de 9 € por cada um. Um horror!
A Catarina ia andar de avião pela primeira vez. Os nervos estavam em franja e não quis dormir, disse que preferia ficar acordada. E assim foi, ficando de volta dos trabalhos.
Ás três e meia da manhã o despertador tocou!
Hora de levantar, quando tinha acabado de me deitar, nem força tinha para abrir os olhos. Mas parei e pensei: vamos para casa!
Com rapidez despachamo-nos. Uma última volta pela casa para ver se não faltava nada, um spray para dar um cheirinho agradável e um tacho atrás da porta de casa para assustar a senhoria, que anda danada para ir espreitar a casa sem ninguém lá estar. Esperamos que ela não tente lá entrar.
Deixamos a casa para trás e partimos em direcção à estação dos comboios onde o autocarro nos ia levar até Madrid. O motorista tinha aspecto de guitarrista de um grupo de heavy metal, o que nos fez pensar que a viagem até a capital espanhola ia ser bem interessante. O tempo estava mau, muita chuva e algum nevoeiro, as estradas muito perigosas.
Saímos já com algum atraso de Saragoça, sempre a abrir estrada fora com algumas travagens bruscas à mistura. Quase quatro depois chegámos a Madrid.
O aeroporto, aquele monstro nas imediações da cidade, é algo que fica na nossa memória. O meu coração estava muito acelerado. Quem me conhece sabe que não gosto de andar de avião, pois é demasiado pequeno para uma pessoa claustrofóbica, mas depressa a ansiedade passou.
A Catarina estava branca, por momentos pensei que fosse começar a gritar ou ter algum ataque de pânico. Mas não, tudo correu bem, pois a vontade de chegar a Lisboa era mais forte.
As malas vinham um pouco abaladas com a viagem, até um pouco destruídas também,o dia a dia de quem tem de andar de avião.
À nossa espera estavam os pais e uma prima da Ana, a minha mãe, mana e o Paulo Zé e o Hélio, um companheiro de faculdade, que acima de tudo é um grande amigo.
A partir de hoje vão ser três semanas onde vamos poder estar com a nossa família, com os nossos amigos e curtir à grande estas férias. O Natal já foi passado como manda a tradição.
Agora vem a entrada para o novo ano onde reinará a diversão.
Beijos de Alverca.
Até Quinta-feira.
Cláudia Paulino
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