domingo, 6 de janeiro de 2008

Agenda Setting

Sempre me lembro de ouvir falar do Paris-Dakar.
Idealizada por Thierry Sabine, que tendo-se perdido no deserto, achou que seria um local bom para construir um grande evento desportivo, ela começou em 1979.
Sabine viria a falecer durante uma etapa do rally, quando acompanhava a prova a bordo de um helicóptero, que se despenhou.
Apesar de não ser apaixonado pelos automóveis, como utilizador, sempre gostei de ver estas competições de quatro rodas, com especial destaque para esta.
Há dois anos que o maior rally do Mundo de todo o terreno partia de Lisboa, para nosso orgulho. Esse facto fez aumentar o número de participantes lusos, alargando, também, os interesses dos portugueses.
Este ano, o terceiro com arranque em Lisboa, a expectativa em torno da prova aumentou.
Várias pessoas, perto de mim, combinavam horas e locais para ver passar os participantes, nomeadamente da zona de Samora Correia, onde passava a segunda etapa.
Subitamente, a 30ª edição da prova ficou em perigo.
Ameaças da Al-Qaeda, na sequência da morte de quatro turistas franceses na Mauritânia, confirmadas pelos Serviços Secretos gauleses, foram o golpe fatal para a mítica passagem pelo deserto africano.
Como é normal nestas situações, onde estão envolvidas verbas consideráveis, nem todos tiveram de acordo.
Mas haveria outra alternativa?
Valeria a pena arriscar, para depois chorarmos as consequências?
Conforme disse o director do Lisboa-Dakar, desta vez os terroristas venceram.
Resta encontrar forma para que seja a sua derradeira conquista.

1 comentário:

Rαquεl disse...

Um pouco tarde, eu sei, mas não podia deixar de desejar ao tio um 2008 com muita saúde e felicidade :)

Beijinhos da sobrinha, com muitas saudades,
Raquel