Em semana de remodelações governamentais, a mais badalada foi a da substituição de Correia de Campos por Ana Jorge, no Ministério da Saúde.
Sou daqueles que acho que José Sócrates e os seus pares têm feito um bom trabalho, iniciando reformas prometidas há décadas, mexendo com classes corporativistas deste país, tomando medidas nada populares, mas na sua maioria necessárias.
Até agora o primeiro-ministro resistiu às críticas, protegendo os seus colegas, apesar de alguns destemperos linguísticos, como o caso de Mário Lino e do deserto, no caso do novo aeroporto.
Mas desta vez não conseguiu esquecer as eleições de 2009. Em vez de manter a coerência, resolver dispensar Correia de Campos, na minha opinião, um dos mais competentes desta equipa, procurando silenciar os protestos de algumas zonas do país.
As reformas são precisas, mesmo urgentes. Os governos em Portugal caem em pouco tempo. Os que vêm de seguida, quatro ou menos anos depois, alteram de forma demagógica, para não darem razão aos antecessores. E nós continuamos a andar para trás.
Porque motivo é que a Espanha, que nos últimos trinta anos foi liderada, apenas, por uma mão cheia de governos, em contraponto com as dezenas dos nossos, nos deu uma abada nos últimos trinta anos?
José Sócrates, resiste à tentação eleitoral em nome do nosso país.
Sem comentários:
Enviar um comentário