Esta semana que hoje termina, foi o que se costuma denominar, em linguagem futebolística, uma semana europeia. E não muito famosa.
Na Taça UEFA, os respescados da Champions, Benfica e Sporting tiveram comportamentos diversos.
Os vermelhos, recém orfãos de Camacho, adoptados por Chalana, foram eliminados - e bem - por um Getafe vocacionado para estas provas a eliminar.
Por sua vez os inconstantes pupilos de Paulo Bento ultrapassaram - e bem - um Bolton mais preocupado com a manutenção na primeira liga inglesa.
Por último, o FC Porto foi eliminado por um modesto Shalke 04, pois na Europa as benesses nacionais não existem. Bastou um jovem guarda-redes brilhante, de nome Manuel Neuer, para derrubar o arrogância tripeira.
Já há algum tempo que não falava no Tio Jorge no vesgo azul-e-branco Miguel Sousa Tavares.
Sem grandes comentários, deixo aqui duas passagens que ele escreveu na sua crónica semanal no jornal A Bola, donde se pode concluir, como até em relação ao seu clube do coração, a sua incoenrência é manifesta.
A primeira citação é anterior ao jogo com os alemães e a segunda, na sequência da eliminação.
04/03/2008
Este FC Porto de Jesualdo ferreira, reconstruído paulatinamente durante dois anos e após a devastação deixada pela passagem do furacão Adriaanse, merece acordar na quinta-feira e saber que está nos quartos-de-final da Champions - o quere dizer que figura no lote das oito melhores equipas da Europa. (...) Uma equipa que tem três ou quatro foras-de-série e sete ou oito grandes jogadores no total, tem que ter lugar entre as oito melhores da Europa.
11/03/2008
E, enfim, para que havia anunciado que ensaiara os "penalties" durante a semana, prevendo um desempate nesses termos, Jesualdo mostrou que ensaiou pouco ou mal, ao contrário dos alemães. (...) Para além dos erros que acho que Jesualdo cometeu, outros contribuiram também para a derrota: Lisandro falhou três golos no conjunto dos dois jogos; Tarik falhou dois no Dragão, um deles indesculpável; Quaresma esteve "ausente" do primeiro jogo e falhou um golo imperdível no segundo; Farias falhou outros dois no Dragão, de forma que tornou claras as suas limitações de vária ordem; e Lucho, que fez duas grandes exibições, continuou cativo de um estranho temor de arriscar o remate para o golo, quando tinha condições para o fazer.
Quando somos como os burros, daqueles que ainda tem as palas nos olhos, rapidamente somos derrubados pelas nossas próprias contradições.
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