... e vão dezasseis

Eram 10 horas da manhã quando o telefone tocou. Eu estava, nesse dia, a trabalhar em Porto de Mós, quando me chamaram “É para si, senhor Inspector”. Não da PJ, mas da CGD.
Era a Berta, a minha sogra “Já nasceu, é um pilas”.
Tudo aconteceu faz hoje dezasseis anos e o pilas virou Ricardo Jorge.
Falar em causa própria nem sempre é fácil, por que corremos o risco de nos dizerem que estamos a exagerar, ou por outro lado, não conseguirmos dar a verdadeira dimensão à coisa.
Recordo-me que, pouco tempo depois de ter juntado os trapinhos com a Célia, ter-lhe dito que gostava de ter um filho depressa, para poder acompanhá-lo nas suas actividades antes ficar muito cota.
A Célia fez-me a vontade e tem sido uma relação sensacional a que mantenho com o Ricardo. Por vezes tem os seus baixos, mas os altos superam as nossas arrelias.
Nunca te esqueças que o teu pai está sempre por perto, mesmo quando a distância parece intransponível.
Parabéns filho lindo. Também não era difícil com uma mãe como a tua.