quinta-feira, 1 de maio de 2008

Grande Justino

Como o prometido é devido, cá vou falar um pouco do Justino, avô da Célia.
No baptizado do Tomás, fiquei ao lado dele. Conhecemo-nos há quase 20 anos, mas nunca tínhamos tido oportunidade de conversarmos durante tanto tempo.
Histórias encantadoras, histórias de vida, histórias que nos prendem à vida.
Oito anos feitos, já trabalhava no campo, pois escola nem um dia lá foi. Duas horas de caminho para chegar ao monte, outras tantas para o regresso, a pé e descalço, indiferente às estações do ano.
Até aos 45 anos por ali se manteve, desde cedo como responsável da lavoura, independentemente de ser analfabeto, pois ultrapassava esta situação com competência e empenho.
Uma passagem de perto de oito anos pela Bélgica, foi outra das suas aventuras, entre as inúmeras que foi deixando ao longo da vida.
Hoje, 93 anos depois de ter nascido no Alentejo, dá gosto estar com ele, conversar e perceber o quanto era difícil a vida naqueles tempos.
Uma beijoca Justino.

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