terça-feira, 3 de junho de 2008

Pescadores

Ontem em conversa com a Célia, comentava os desabafos recebidos por causa do Agenda-Setting de domingo passado.
Respeito todas as opiniões, mesmo não concordando com algumas, mas acho que nem é o caso, pois considero que não consegui transpor para o blog a minha opinião de forma clara. Por isso vou deixar por aqui duas ou três achegas sobre aquilo que penso sobre o assunto.
Primeiro, que fique bem claro, que sou um defensor do direito à greve. Mas acho que esta deve ser ponderada, pois na maioria dos casos trata-se de uma arma política, sem trazer benefícios para quem a efectua.
Neste caso, se os preços dos combustíveis fossem a única razão, não concordava. Mas, posteriormente, verifiquei que existem outros argumentos que justificam a paralisação, nomeadamente de cariz social.
O exemplo que dei dos preços dos bilhetes para os concertos, serviu para demonstrar que a maioria dos cidadãos que andam de automóvel, a queixarem-se para as câmaras de televisão dos preços dos combustíveis, são os mesmos que depois esgotam os ingressos em poucas horas. Claro que não são a esmagadora maioria dos pescadores.
Por último, a falta de vergonha a que me referia, tinha a ver com a hipótese dos armadores despedirem pescadores por estes estarem em greve – que até penso que seja ilegal – pois mais vale ter um emprego, mesmo com a dificuldades da labuta das pescas, do que não ter nenhum.
Aproveito para deixar um abraço para o Pedro Cabral – que não conheço – e para o meu amigo Correia, pelo vosso contributo.
Só desta forma estes locais fazem sentido, mesmo quando não partilhamos das mesmas opiniões.

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