Em tempo de férias para os políticos, deve ser muito aborrecido ter que as interromper, mesmo que por vontade própria.
Ora foi isso que fez o nosso Presidente da República.
Estas coisas da política são muitos complicadas, pelo que vou analisar esta opção do Senhor Silva - como lhe chamava até há pouco tempo Alberto João Jardim - na óptica, não do utilizador, mas do comentador de sofá.
Vamos lá ver como as coisas se passaram. Cavaco recebeu o novo estatuto dos Açores, vindo da Assembleia da República (AR), aprovado por unanimidade, coisa rara nesta legislatura.
Analisou-o muito bem - digo eu - e como lhe surgiram dúvidas da constitucionalidade de alguns artigos, remete-o ao Tribunal Constitucional (TC). Então nessa altura Cavaco Silva não se apercebeu dos problemas que veio agora - interrompendo as férias, recordo - suscitar, com cara de poucos amigos e zangado por lhe irem tirar poderes?
O diploma foi chumbado pelo TC e vai voltar à AR. E se não tivesse sido devolvido? Ele ia ficar calado?
Em linguagem futebolística, esta declaração presidencial parece aqueles golos depois da hora e contra a corrente do jogo.
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