domingo, 14 de setembro de 2008

Agenda Setting

A capacidade de faltarmos ao respeito às mais elementares regras da civilização, está aí, em cada esquina, a cada momento.
Esta semana, sem o mais pequeno esforço de observação, detectei duas imagens do dia-a-dia, que são o exemplo da nossa falta de educação.
Jardim do Campo Pequeno, em Lisboa. Uma senhora na casa dos trinta anos passeava um cão de grande porte. A determinada altura o animal arreou as calças, despejando uma considerável carrada de trampa, bem em cima da relva, onde, frequentemente tenho visto crianças a jogar à bola. Pensam que a senhora se preocupou? Nada, seguiu o seu caminho, como se nada tivesse ocorrido.
Bomba de gasolina da A1 em Aveiras. À porta da área de serviço, estão marcados no chão dois lugares para deficientes. Chega um carro com um casal jovem e estacionam num desses locais. Claro que a única deficiência que possuíam era serem atrasados mentais e não terem o mínimo respeito pelos que têm necessidade, real, de utilizar estes lugares.
São estas situações, de desrespeito pelos outros, que me irritam solenemente.
Será que algum dia estas coisas vão mudar?

1 comentário:

Mandrake disse...

Sobre os "lugares para deficientes", é um assunto já demasiado recorrente e a exigir medidas punitivas que tornem dissuadoras as intençoes desses cidadãos, ditos normais, em cometer esse abuso.
Mas não é só em Lisboa.

Nas minhas férias em Valença deparei com situaçoes revoltantes. O InterMarché local tem, junto à porta de entrada, 3 lugares destinados a deficientes.
Como em Agosto o movimento era maior, certas pessoas que não se queriam dar ao trabalho de estacionar longe, ocupavam "na boa" esses lugares.
E, pior, faziam-na de tal forma que se tornava até complicado passar com os carros de compras a caminho do parque normal...

Quanto aos dejectos de cães em Lisboa, vou fazer um post sobre isso, ilustrado com uma foto que encontrei na blogosfera.´
À semelhança das listas de caloteiras que algumas lojas afixam, alguém que viu um vizinho a passear o cão que não se deu ao trabalho de recolher o "presente", colocou uma espécie da bandeira no "local do crime" onde se podia ler o nome e morada do prevaricador.

Funcionaria se o "prevaricador" tivesse vergonha, né?