Um telefonema da companhia de seguros veio desbloquear o problema: “Pode pôr o carro numa oficina para fazermos a peritagem, pois o seu filho não foi culpado”, ficou a saber a minha mãe, algumas semanas depois do acidente.
Com os contos recebidos, fui à procura de um substituto. O irmão de um tio do meu Pai – complicadas estas estruturas familiares – tinha um pequeno stand. Como o dinheiro não era muito, fomos até lá e escolhemos um Fiat 128 azul escuro.
Foi o que se costuma apelidar de um barrete.
Não durou muito tempo na minha mão. Entre algumas partidas que me pregou, tinha uma boa. A incerteza na quantidade de gasolina que existia no depósito.
À conta dessa brincadeira, um dia à chegada à Argibay, o carro parou precisamente em cima da linha do comboio.
Valeu a inércia e a sorte.
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