segunda-feira, 4 de abril de 2011

Após a fuga do Sol

O almoço era perigoso.
Caldeirada de bacalhau, com muito molho.
Cuidados redobrados, mas mesmo assim, um côdea fugidia que caiu no molho, deixou algumas pequenas nódoas, na zona da gravata, escondida dentro da camisa.
Comboio a meio da tarde, depois, numa tarde quente, fui a pé, recordando os vulcões de água da Expo'98, durante mais de 20 minutos.
Uma paragem a meio caminho para tirar a gravata, arregaçar as mangas e fazer descansar o casaco em cima do braço, mas logo as marcas na camisa se revelaram, atrevidas.
Ainda com tempo, 10 minutos num banco de jardim, uma jola bem fresquinha ao lado, um vento que soprava agradavelmente, oportunidade para repor a vermelhinha em torno do pescoço.
O diagnóstico foi normal, com exames para fazer e desenvolvimentos dentro de um mês.

A história de um dia diferente ou uma ficção quase real.

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