"A Madeira tem activos, está rica, tem património que nunca mais acaba"
O cabeça de lista do PSD às eleições regionais na Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje que o sufrágio de 09 de Outubro foi transformado numa "prova de resistência" e numa "batalha" contra os que na região e no Continente querem "aniquilar" o PSD.
"A batalha agora é nós e os poderes de Lisboa que nos querem aniquilar", disse Jardim num comício na Serra d'Água, no concelho da Ribeira Brava, uma das localidades mais afectadas pelo temporal de 20 de Fevereiro de 2010, garantindo estar empenhado numa luta "também para acabar a reconstrução".
Segundo o líder social democrata madeirense, a Madeira está ser "usada, porque enquanto se fala da região não se fala da pouca-vergonha que o PS fez a Portugal, que o colocou sobre tutela estrangeira, nem se está falando nas medidas desgraçadas que são necessárias".
Alberto João Jardim sustentou que está a ser alvo da "fúria" e que surgiu uma "batalha total e atroz contra o PSD" porque exigiu que se os madeirenses vão participar nos sacrifícios para resolver o problema das finanças do país também têm direito a ser beneficiados com o resgate da dívida da Região.
"Isto transformou estas eleições não apenas num combate entre o PSD e eu e, do outro lado, os ingleses e a burguesia rica mascarada de esquerda e os partidos suas marionetes, mas também numa luta em que tudo o que havia do continente contra a Madeira se reuniu, tudo desta vez para tentar abater o PSD, a mim e o povo da Madeira", declarou.
Sustentou que o "ódio" de que está a ser alvo por parte de Lisboa tem por base o facto de não se ter subjugado "nem ao poder político, nem ao poder económico, nem ao poder financeiro de Lisboa".
"Por isso, esta luta contra mim, principalmente depois de eu ter dito que o país era manipulado por sociedades secretas, que não davam a cara perante o povo e que a maçonaria manipulava e dirigia muito neste país, foi o suficiente para haver esta campanha total e atroz contra o PSD da Madeira", frisou
Para o líder madeirense "estas eleições são também uma prova de resistência ao povo madeirense: ou tornamos a ganhar e eles são derrotados, ou perdemos e é Lisboa que ganhou".
Alberto João Jardim rejeitou que a Madeira tenha uma "dívida oculta", garantindo: "Não estava oculta coisa nenhuma, porque eles já tinham lá, já tinham isso tudo".
"Apliquei aqui o dinheiro. A Madeira tem activos, está rica, tem património que nunca mais acaba", salientou, afirmando que "se querem fazer contas, não é dos últimos 30 anos é de quase seis séculos", realçou.
O presidente do PSD-M apontou que falam da dívida da Madeira "mas não têm vergonha na cara", enunciando alguns casos de empresas públicas, como Metro do Porto (5 mil milhões de prejuízo) e o BPN, acrescentando que "ninguém fala da dos Açores".
"Eu já agora, como português, quero saber as contas dos Açores, porque é que só se fala da Madeira?", destacou
"Hoje alguém me disse que o dr. Portas, que deve ter chumbado matemática, não sabe fazer contas, ele lá foi fazendo as dos submarinos, teria dito que cada português deve 20 mil euros por causa da Madeira. Fiz as minhas contas, são 10 milhões de portugueses, são 200 mil milhões de euros, afinal pelas contas a dívida portuguesa, não é deles fomos nós que fizemos. Já se viu pouca-vergonha semelhante? Seja honesto", declarou Jardim
Conclui apelando ao voto do eleitorado à direita e à esquerda do PSD nas eleições de Outubro, invocando os resultados da "revolução tranquila" registada na Madeira, seguindo depois para um outro comício no concelho da Ponta do Sol.
in Jornal de Negócios
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