quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ponto e vírgula

Não estava previsto, mas saí - para comprar o jornal - antes de irmos até ao Tojal.
E claro que só vejo asneiras ao volante!
Já nem é só uma questão de cidadania e educação - não fazer piscas, falar ao telemóvel enquanto se conduz, não respeitar as passadeiras dos peões - é mesmo desconhecimento.
Reconheço que a carta recentemente conseguida pelo Ricardo, me ajudou a fazer uma reciclagem.
Num país onde nascem rotundas, numa velocidade idêntica ao buraco das contas da Madeira, antes que tenha um encontro imediato de primeiro grau com o vizinho do lado ou com uma multa, leia, aqui, como deve girar numa rotunda.

5 comentários:

mzmadeira disse...

Caro Amigo, Companheiro, Irmão!...

Não tenho a certeza - e tu me elucidarás - mas este é um dos raros 'posts' em que extravasas a tua indignação em relão ao Mundo... cá fora! Ainda bem porque tenho a certeza serias uma voz importante.

1 - Sabes que não tenho carta de condução... não sei se sabes (ou te recordas) que passei o exame de códico sem nenhuma resposta errada. E que tenho milhares e milhares de quilómetros de estrada ao longo dos quais nunca deixei de chamar a atenção para as barbaridades cometidas por quem me conduzia.

2 - Tenho a certeza de que, mesmo que não seja o único - não tenho pretenções a tal - sou dos muito poucos portugueses que compra 30 - TRINTA - jornais por semana.

Sou, isso sabes tu, extremamente crítico em relação ao que leio, mas no meio de tanto 'lixo' há coisas que não deixo passar. Como, por exemplo, 'o buraco da Madeira'.

Esse argumento é totalmente falacioso e foi esgrimido, a seu favor, arrastando todos os seus apaniguados pelo mesmo tipo que teve a coragem de dizer isto numa conferência, em França (*) e durante uma reunião não oficial (que o não poderia ser): «Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança» [José Sócrates, em Paris, depois de ter deixado Portugal à beira da bancarrota, 'in' Correio da Manhã, edição de hoje que podes ver no 'Vemos, Ouvimos e emos, Não Podemos Ignorar...']

Se o não viste por aí em qualquer outro jornal...

O problema do 'buraco da Madeira' foi o de ter sido 'escondido', não é o do seu tamanho que é menos de três quartos do 'buraco' do Metro do Porto e se equivale ao 'buraco' da CP/Refer, ao da Câmara Municipal de Viseu (terão sido as rotundas?) e a mais um bom comboio de muitas carruagens de Norte a Sul do País. Bastava ler os jornais todos os dias para saber disto.

Mas o PS, antes de cair do Governo, viu o 'buraco da Madeira' como o 'espantalho' perfeito para afastar as atenções das suas próprias asneiras e ainda hoje pasmo quando se insiste em falar do 'buraco da Madeira'. É o nosso, do País, mal menor mesmo com um governo PSD. E isso já foi deixado claro. Pela primeira vez na História dos nossos últimos 35 anos - Governos do PS incluídos - um primeiro ministro cortpu a direito: há um 'buraco' na Madeira? A Madeira vai ter que tapá-lo. E, desde as últimas eleições quantas vezes viste o Alberto João Jardim (AJJ) a 'berrar' que quer, pode e manda?

E ele fê-lo com os sucessivos governos do PS. A Madeira é um caso arrumado e o silêncio de AJJ é disso prova. O mais que pode acontecer, e tu não és apolítico e és suficientemente inteligente para perceber o que se está a passar, é que daqui a dois ou três meses ele, AJJ saia de cena. Mas quem ficar no seu lugar não tem, nem a lata, nem a hipótese de escapar ao já decidido sem grandes alardes. A Madeira é Portugal. Como o Algarve ou o Minho. O Governo Central vai ter que fazer qualquer coisa, mas o ónus da reposição da legalidade no arquipélago está totalmente entregue aos madeirenses. Assim pudessemos ter tanta certeza em relação aos outros 'milhentos' buracos...

mzmadeira disse...

E, sinceramente, Amigo, abre os olhos e deixa de te ajoelhar de cada vez que se fala do Sócrates. Bem estudado o seu consulado (casos socateiro, casos Freeport, caso diplomas) a figurinha acabaria atrás das grades. Mesmo com mordomias especiais, mas atrás das grades. Mesmo que no sentido figurado da palavra, foi um criminoso. E estes só têm lugar atrás das grades.

Lá atrás deixei um (*).
Fugido de Portugal - porque foi isso o que ele fez - os seus cães de fila apressaram-se a dizer que ia para Paris tirar um curso de Filosofia [até a disciplina foi para gozar com todos nós].

Soube-se depois, procura na Visão, que, apesar de ter obrigado o embaixador português em Paris à humilhação de ir bater de porta em porta à procura de uma Universidade que o aceitasse isso nunca aconteceu.

Como é que um 'formado' em engenharia civíl - com certificado final passado a um domingo e numa folha, institucional, é verdada da UnI, mas já com telefones a começar por 21... e com código postal com sete dígitos, mas com uma data na qual, nem uma coisa nem outra existiam ainda - quer chegar a Paris e entrar pata LETRAS, num curso de filosofia?

Mas são milhares de pessoas inteligentes, em Portugal, que acreditam nisto!

Não, o zézinho não foi aceite, nem por Universidades nem por Institutos Superiores, em Paris. Anda por lá, num destes Institutos, mas apenas com o estatuto de assisente ás aulas!

Avô Jorge disse...

Ainda bem que fiz a comparação do aparecimento de rotundas com o buraco das contas da Madeira, em vez, por exemplo, do crescimento de cogumelos.
Assim, dei-te um motivo para vires desabafar aqui.
Um grande abraço Manel.

mzmadeira disse...

Cogumelos!... Tema interessantíssimo.
Não sei se vês o Jornal da Uma (RTP) mas ainda hoje nos mostraram como distibguir os bons dos maus - apesar de já ter sido dismistificado o facto de haver cogumelos que não se podem comer; TODOS SÃO COMESTÍVEIS, só que alguns apenas por uma vez!.

Também ontem nos mostraram um cestinho com dois míscaros pesando cada um mais de três quilos. Bom tema, esse, o dos cogumelos!

Mas Jorge, eu não venho aqui 'desabafar', venho tentar argumentar porque sou capaz de sustentar os meus argumentos. Como não nos vemos, venho aqui...

Tu também podias desabafar, digo, argumentar num dos meus blogs (ainda bem que ambos temos), mas demites-te dessa possibilidade. Que posso eu fazer?

Já agora, e para que não fiques com a ideia (errada) que és alvo de atenção especial da minha parte, digo-te que 'chateio' a cabeça a todos os amigos que têm blogs sempre que encontro um fiozinho solto no qual posso agarrar. Como - modéstia à parte - sou ambivalente e confio, tanto na minha mais ou menos sólida Cultura Geral, como no facto de me manter diariamente informado sobre todas as áreas da sociedade, ao mesmo tempo que te "chingo" a ti com essa turva 'paixão' pela figura mais falsa, mentiroso compulsivo, idiota chapado e - não me admiraria nada que o fizesse de propósito - falso louco que tudo fez, e continua a fazer para, se um dia tiver que prestar contas venha a ser considerado inimputável - 'dou cabo da cabeça' a outros amigos, naturalmente em relação a outros assuntos.

Felizmente, todos se riem de mim e aceitam... os meus desabafos!

Que assim continue. São cada vez menos os Amigos com quem, sei, posso contar.

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Vê lá tu, claro que me lembro de ter convosco repartido esse dia de felicidade, que foi o do teu enlace com a Célinha (bolas, o Ricardito já pesava pra caraças e eu andei quase todo o tempo com ele ao colo!) mas já passaram 18 anos!!! Mesmo? Tchiiiii...
Nesse mesmo dia, 4 de Dezembro fazia anos outro amigo do peito, o Manel Marques, cuja morte prematura no-lo roubou faz, no próximo dia 15, já três anos!
O tempo não é mais que um sopro!...

Abraço Jorge,
obrigado por tudo o que fizeste por mim mas não digas que venho aqui desabafar.

Soou-me como se este espaço fosse assim como um caixote de papelão vazio onde eu, um sem abrigo, me recolho para proteger do frio dos tempos.

Avô Jorge disse...

Manel, escrevi desabafo porque assim se chama este espaço.
Não foi com outra qualquer intenção.
Um abraço.