Nestes dias de greve da CP – apesar de serem só as 2 primeiras horas de cada turno dos maquinistas – temos que tomar uma decisão.
Arriscar ir até à estação apanhando o primeiro que apareça, não sabendo a que horas é o regresso, ou vir de carro?
Ainda espreitei os serviços mínimos, mas o primeiro a passar em Alverca era às 9 e meia!?
Por isso a Tartaruga trouxe-me até Lisboa.
E deve ser assim toda a semana.
Para animar o início da sempre difícil segunda, um dueto: Alicia Keys e Drake com Fireworks.
1 comentário:
O direito à greve é uma inalienável - por enquanto - conquista dos trabalhadores. Bem como o direito contrário - o de não fazer greve - é uma prerrogativa de cada cidadão.
Esta greve dos trabalhadores da CP tem, a meu ver, um "pequeno" pormenor que a torna alvo de contestação aos olhos da maioria dos utentes dos comboios da CP. Ninguém sabe, ao dirigir-se às estações, o que vai acontecer. Os ecrãs - quando estão ligados - lá vão exibindo a informação "suprimido", mas pode muito bem acontecer que não surja dado algum sobre um combóio a passar dali a uma hora o que pode levar a pessoa a ficar à espera e - isso sim é grave! - 15 minutos antes da expectável "passagem" possa aparecer, no ecrã, a desagradável palavra "suprimido.
Ouvi queixas aos montes de quem paga passes caríssimos e depois se vê nestas incertezas. Ao consultar um funcionário, explicou-me que se tratava de greves às horas extraordinárias de cada funcionário aderente, pelo que não é possível ter certezas sobre a circulação de combóio algum com "muita" antecedência.
E que culpa têm desse "facto" os utentes que vão - muitos deles - correr o risco de perderem horas de trabalho, para além de se terem de enervar com estas incertezas de ter ou não ter transporte. Tudo isto durante uma semana.
Greves, tudo bem, mas em períodos bem definidos - como a da próxima sexta que é um dia inteiro ou, então, até dada hora... ou a partir da dada hora.
Mesmo assim, para 20 a 22 dias úteis que há num mês, prejudicar em cinco (ou quatro) outros trabalhadores, não me parece nada cordial.
E isto se, com a junção dos calores atmosférico com a da presente agitação da vida política nacional não possa levar as pessoas, desesperadas, a tomar atitudes mais drásticas que, embora se condenem, também - sejamos sinceros - se compreendem.
No meu caso pessoal, já sei o que fazer para não voltar a viver a incerteza de hoje: substituir os 20 minutos de combóio pelo dobro do tempo numa conjugação camioneta-metro, pré determinada via internet, para não ficar muito tempo à seca nas paragens. Mas pagar quase 60 Euros por mês e ter de andar a fazer estas "engenharias rodoviárias"... enfim.
E, já me esquecia, algumas pessoas com passes mais baratos, válidos apenas para o combóio, queixavam-se de que, para fazer estas "viagens alternativas", teriam de despender quantias significativas.
Enfim, greve sim, mas com um mínimo de respeito pelos utentes que já andam a ser demasiadamente prejudicados e agredidos nos seus direitos e dignidade.
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