quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Ponto de exclamação

Como a maioria saberá não vejo a TVI, exceção feita ao futebol, mas com o som fechado.
Por esse motivo não sei o que por lá tem andado a dizer Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente no último domingo.
Vou transcrever na íntegra um e-mail enviado ao Professor por um colega meu, que não conheço.
A verdadeira história dos cortes na CGD!




Bom dia Exmo. Sr. Professor Doutro Marcelo Rebelo de Sousa
Sou Membro Efetivo da Comissão de Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos, eleito pelos TSD. Embora me dirija a Vexa. como um simples Trabalhador da CGD.
Quando me candidatei à CT, acreditei que estava em condições de, dentro das minhas competências, combater um Governo do Partido Socialista que faltando redundantemente à verdade, conduzia o país para o estado em que ainda se encontra. Efetuadas eleições legislativas e tendo vencido o PSD fui levado a crer que a situação se inverteria.
- Que ia ser muito difícil? Decerto!
- Que ninguém poderia ficar de fora desta recuperação!?...Ninguém!
Dado que estavam a atuar num mercado concorrencial, havia que definir as “regras do jogo” para os Trabalhadores da CGD. No OE 2012, já da responsabilidade do atual Governo, foi mantida a possibilidade da CGD adotar as medidas de adaptação (não confundir com exceção) que entendesse com o objetivo de reduzir os custos com salários, no mínimo, em 5%. Convém referir que, no respeitante às reduções salariais na CGD, as adaptações adotadas pela Instituição nos anos 2011/12 renderam ao Estado em média mais 3%, por ano do que o previsto, ou seja, acima dos 8%.
Mas eis que para 2013 não houve, neste particular, nem bom senso, nem justiça, por parte do Governo PSD/CDS.
Não houve bom senso, porque:
1.     1.       O Governo proibiu o regime de adaptação que vinha sendo aplicado, nos dois últimos OE, aos Trabalhadores da CGD com um maior rendimento para o Estado.
2.     2.       Só em finais de Janeiro e pressionados por uma “jornalista” - o que, ao contrário daquilo que o Sr. Prof. referiu na sua crónica, não abona nada a favor do MF - o Governo tomou uma decisão concreta, injusta e em sentido contrário do que vinha sendo afirmado nos gabinetes. A decisão de aplicar, sem qualquer possibilidade de adaptação, o Art.º 27 do OE 2013 à CGD.
Não houve justiça porque:
1.     1.       Apesar das sucessivas oportunidades de, em tempo útil, o Governo esclarecer o que seria o futuro no que respeitava aos vencimentos na Instituição; nada foi feito. Pese embora, nas reuniões havidas com membros do Governo estes terem deixado claro que não haveria intenção de aplicar uma dupla penalização dos Trabalhadores da CGD! Ou seja, não associar aos cortes que já vinham sendo efetuados, os constantes no Art.º 27 do OE2013.
2.     2.       Em nenhum momento houve a coragem da tutela de informar o país de qual tinha sido a contribuição dos Trabalhadores da CGD de há dois anos a esta parte para os OE que nem sequer possui uma rubrica para receber o dinheiro descontado aos Trabalhadores da CGD. Da mesma maneira que Comentadores com o seu carisma, também não tiveram e, no seu caso, não foi por falta de informação, pois em 14-11-2012, às 17:50h, enviei-lhe um e-mail sobre o mesmo assunto e dando todos os detalhes disponíveis na altura.
3.     3.       É também injusta, porque, ao abrigo do regime concorrencial em que a CGD se encontra, o mesmo Governo que agora aplica uma dupla tributação aos Trabalhadores da CGD, na altura certa, isentou os Administradores da Instituição de serem integrados do Estatuto do Gestor Público entre os quais se encontra um seu familiar em linha direta.
4.     4.       E se tudo isto não bastasse, injusta também, porque o mesmo Governo, com medo de novas greves que bloqueiem o espaço aéreo na Europa, inscreve no OE de 2013, o ponto 13, do Art.º 27, feito à medida para os Trabalhadores da NAV-Empresa Pública Navegação Aérea,  Noticia que todos, jornalistas e Comentadores deliberadamente omitem. A CGD e também a TAP têm o mesmo enquadramento jurídico baseados que estão, a maioria dos seus procedimentos, em regras e normas internacionais.
5.     5.       Muitas mais injustiças haveriam de aqui caber, como p.e.: a dos Trabalhadores do Banco de Portugal, quanto ao prémio recebido no final de 2012 para serem isentados da “brutal” carga fiscal de 2013, ou de outras empresas e cargos dentro da própria CGD, onde permanecem prémios compensatórios de todos e quaisquer cortes a que os Trabalhadores da CGD estão sujeitos.
6.     6.       Mas a maior de todas as injustiças é que ninguém esclarece o Povo Português de que os Trabalhadores da CGD (no meu caso pessoal) têm os seus rendimentos anuais iguais aos de 2005, haverá em Portugal algum bancário e/ou jornalista, nessas condições?
O Sr. Professor afirmou (várias vezes) no passado domingo que quando quer ser esclarecido telefona às pessoas para o esclarecerem. Pois estou ao seu dispor os meus contactos são: xxxxxxxxxxxxxxx

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