Começo por esclarecer que sou contra as praxes.
Quando frequentei a universidade - e não foi há tanto tempo quanto isso - ninguém me obrigou a fazer nada.
A tragédia ocorrida na praia do Meco tem sido a forma escolhida - nos últimos dias - pelas televisões para subir o seu share.
Vi algumas delas, li o que foi escrito sobre o assunto, mas acho que o tema foi abordado de forma incorreta.
Até o ministro da Educação tomou uma posição, também ela estúpida!
Vamos por partes, enquadrando o que aconteceu.
O que passou com estes alunos da Lusófona - pelos menos uma das raparigas que morreu já tinha terminado a sua licenciatura - não tem nada a ver com as habituais praxes para os novos alunos que chegam anualmente às faculdades, nomeadamente a esta.
Tudo o que aconteceu naquele fatídico fim-de-semana, não passou de um encontro entre amigos universitários que terminou de forma trágica, independentemente de se tratar, ou não, de um ritual habitual entre responsáveis das praxes anuais.
Confundir a brutalidade ocorrida, com as brincadeiras inocentes de início de ano escolar, é misturar alhos com bugalhos e o que temos visto na Comunicação Social é uma enorme desonestidade, procurando confundir factos que não são comparáveis.
Tentar perceber o que passou naquela madrugada de 15 de dezembro, é perfeitamente justificável pela deontologia jornalística.
Abordar o assunto da forma como o tem sido feito, trata-se de incompetência, só justificada com a necessidade de encher o prime time.
2 comentários:
Espantoso como tu és o único clarividente no meio de tanta imprensa estúpida e incompetente.
E os gajos da P.J. são outros broncos, está visto!
E as pessoas todas que viram estes jovens ser praxados ao longo do fim de semana são uns aldrabões.
As mensagens nas caixas dos telemóveis - apesar de alguém as ter apagado dos ditos - ficaram registadas nas operadoras.
Está mais que provado que estes estudantes estavam a ser praxados por um superior hierárquico que - grande sorte do rapaz - foi o único que sobreviveu....
Talvez porque estava bem longe - como todos os cobardolas, que como alunos são burros e calões - a dar ordens aos colegas que, embora fossem eles depois a praxar os colegas dos seus cursos, tinham de passar primeiro pelas praxes dos seus "superiores".
Todas estas pessoas estão compradas pela TVI, Correio da Manhã e Pinto da Costa - os teus ódios de estimação - para fins obscuros!
Se fosse o teu Ricardo, que também é aluno desta bela universidade - que é a a mesma que licenciou o Relvas e mais 84, nos mesmos moldes! - a sofrer destas condutas criminosas terias outra opinião. Ou não?
Não há praxes boas nem más! Só há duas coisas a fazer:
1 - Acabar de vez com esta prática, passando a ser severamente castigado quem persista com a mesma. Maria José Morgado já veio dizer que há leis que criminalizam este tipo de comportamentos. Que resta é aplicá-las! Será que também é bronca, oportunista e estúpida?
2 - Castigar severamente todos os culpados - parece que não era apenas este herói que agora parece ter "amnésia selectiva" a chefiar as hostilidades - com a pena máxima que este tipo de homicídio possa configurar. Sim homicídio! Por negligência, involuntário... what ever... mas homicídio.
E já tem havido mais mortes!
Como bem sabes, tenho passado a vida ligada ao ensino - quer como docente, quer como discente - e NUNCA, mas mesmo NUNCA participei ou fui vítima de qualquer prática deste género.
Nem sequer fui ameaçado! Mas isso assentava em dois factores:
- O primeiro que ousasse levava no focinho!
- Mesmo que fosse ostracizado durante o curso, tentando boicotar-me a vida académica, não seriam bem sucedidos! Porque, graças a Deus, sempre consegui ultrapassar maus docentes universitários - estudando e pesquisando por conta própria - que se me vetassemn o acesso ao centro de cópias da universidade para não ter acesso a documentação de estudo, não travavam o meu acesso à informação!
Mas é isso que esta gente faz! Não há livre escolha por parte dos alunos. Se não aceitam ser cobaias nas mãos destes monstros, "pagam" por isso.
O que se passou no Meco é uma das muitas práticas criminosas que, até agora, na sua maioria têm ficado impunes!
A P.J. tem mais que provas suficientes e estes pais não vão ficar parados! O pai de uma das vítimas é colega de uma amiga minha e posso garantir-te que houve mesmo prática criminosa de praxes neste fatídico episódio.
Ou é mais alguma teoria de conspiração que tu tanto gostas de lançar?
PJ, imprensa, operadoras de telemóveis, testemunhas locais e outros alunos que, de forma anónima por recearem represálias, têm vindo a falar são todos uns aldrabões. E tu o Sherlock Holmes que descobriu a verdade e ainda se dá ao luxo de classificar os outros todos de incompetentes para baixo.
Só não percebo o teu interesse nesta postura!
O meu "interesse" assenta - como sempre - na verdade e na solidariedade com as vítimas deste crime.
Como pai de um aluno desta bela universidade - passe a ironia - devias respeitar a dor destes pais e o trabalho honesto de quem está a lutar para que este crime não fique impune!
Se calhar ainda vai aparecer algum iluminado a sugerir que se faça um referendo sobre o assunto!
A vida destes jovens é que ninguém devolve. Ah... estavam a passear. Foi um acidente!
Que conveniente!
Até rimou...
Reafirmo: o que aconteceu no Meco não tem nada a ver com as praxes anuais nas faculdades!
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