sábado, 8 de fevereiro de 2014

Boa Noite

Um ponto de ordem à mesa antes de dar a minha opinião.
Não tenho nada contra a naturalização de jogadores para poderem jogar em outros países diferentes do seu de nascimento.
Hoje terminou o Europeu de futsal, com uma final entre italianos e russos.
Dito assim, tudo parece normal.
O problema é que a - esmagadora - maioria dos jogadores presentes neste decisivo jogo falavam português ... com sotaque.
Se a UEFA quer contribuir para saúde deste desporto - nomeadamente entre seleções - tem que limitar  a participação da quantidade de atletas que não nasceram no país.
Vamos à parte exclusivamente desportiva.
Portugal perdeu (8-4) com a Espanha no jogo de atribuição do 3º lugar, enquanto na final a Itália foi mais forte e derrotou (3-1) a Rússia sagrando-se campeã da Europa e interrompendo quatro vitórias consecutivas dos espanhóis.

Amanhã tenho ténis com fartura.
Vamos ver se o tempo o permite!

1 comentário:

Mandrake disse...

Podes não acreditar, mas até parece telepatia.

Ao chegar a casa, fazendo um zapping pelos canais, deparo com a final Itália - Rússia, ainda no final da primeira parte.

E começo a constatar o que aqui dizes. Se numa equipa de futebol, dado jogarem 11, a coisa se dilui; numa equipa (de 5 jogadores) de futsal, esse excesso de "naturalizados" ainda mais se faz sentir.

E pensei em te deixar uma nota aqui no blogue, pois o desporto é um assunto que ocupa - e bem - um espaço destacado aqui na casa. Mas - lá vem a tal alegada telepatia - pensaste no mesmo.

Claro que esta situação não é ilegal. Alguém criou leis para facilitarem este tipo de situações, mas - não sendo ilegal - não deixa de ser imoral.

Deste modo, estou perfeitamente de acordo com aquilo que um dia o ilustre Professor Moniz Pereira comigo partilhou: apesar de não ser favorável a encher as equipas de estrangeiros - depois de ter perdido por um ponto o Campeonato Europeu de Atletismo por equipas - no ano seguinte rendeu-se às evidências e o Sporting - como as outras equipas rivais faziam - contratou uma recordista europeia - de um país de leste que não recordo agora - e não é que no campeonato seguinte se sagrou campeão!

Em suma, a moral é um conceito muito bonito, mas não podemos passar por parvos.

Mas é pena que assim seja!

E não é só no mundo do desporto que isto ocorre...

Resta-nos - e isso é um direito e obrigação da nossa consciência - expressar a nossa opinião, soltar a nossa indignação, partilhar o nosso descontentamento.

"Leis à parte", o nosso quarto lugar acaba por não ser mau de todo. Como dizia Ricardinho, pena a nossa equipa desperdiçar tantas oportunidades de golo, mas que se bateram bem e promoveram uma vez mais - de forma bem positiva - o nosso Portugal, isso não podemos negar!

Para terminar, um outro exemplo noutra área, de como as coisas funcionam no nosso pequeno país. O filme "Gaiola Dourada" foi um sucesso mundial - até vai ter uma versão nos E.U.A. - para além de ter ganho o prémio de melhor filme europeu de 2013 e estar na corrida aos Césares (prémios do cinema francês).

Segundo entrevista ao realizador que li na revista Tabu (suplemento do semanário Sol) sabes quantos realizadores portugueses lhe deram os parabéns?

Três! Vicente Alves do Ó, João Canijo e António Pedro Vasconcelos.

Também nisto a maioria dos portugueses são "+pequeninos". Razão tinha Camões ao acabar os seus "Os Lusíadas".

Sabes tu qual a palavra derradeira desta imortal obra?

Inveja!

Assim, honra e louvor a todos aqueles que - sem renegar a sua portugalidade - muito fazem para nos tornar um pouquinho "maiores" aos olhos do mundo, à custa do seu talento e trabalho.

Assim se (des)faz Portugal!