Por vezes fico espantado com as formas que se encontram, para mostrar a discordância com determinadas decisões.
Vem isto a propósito da goleda inflingida pela Oliveirense, ao Portosantense, no campeonato Nacional de hóquei em patins. 63-0!? Leu bem e não é gralha. Sessenta e três a zero.
Os dirigentes do clube insular, zangados com a morosidade das decisões do Conselho Disciplinar da Federação Portuguesa de Patinagem, que suspendeu preventivamente três jogadores, depois de acontecimentos ocorridos em 13 de Janeiro, num jogo em Vale de Cambra, encontraram nesta solução a sua forma de protesto.
Jogaram com quatro juniores, que não competem na Madeira por falta de jogadores para formar uma equipa, um juvenil de 15 anos e o único sénior era o guarda-redes que jogou os primeiros 25 minutos, quando o resultado estava em 21-0.
Além destas condicionantes, a entrega dos "miúdos" ficou muito aquém do possível, obviamente "instruídos" pelas ordens superiores.
Há dois anos, num jogo a que assisti, a equipa de infantis do Sporting, venceu em Campo de Ourique, a Liga de Algés por 51-0, em trinta minutos, numa das maiores goleadas do hóquei nacional, mas a postura dos derrotados foi digna, apesar da notória inferioridade.
Independentemente das razões que pode ter o clube de Porto Santo, apetece-me dizer: Protestar sim, mas com nobreza e sem "matar" o hóquei em patins.
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