Conhecemo-nos há mais de 20 anos.
Foi em Torres Vedras, durante um Troféu Joaquim Agostinho.
Um monstro da Rádio, que comecei por tratar por Senhor, mas rapidamente levei um arranque e mudei a forma de tratamento.
Apesar de ser um - já nessa altura - veterano das lides radiofónicas, tratava os mais novos de igual para igual, com uma enorme humildade e sempre disponível para ajudar, contrariamente a outras vedetas da Comunicação Social.
Durante vários anos trabalhámos lado a lado no Grande Prémio de Ciclismo de Torres Vedras e a cumplicidade foi aumentando.
Em Aveiro, no velhinho Mário Duarte, fui fazer um Beira-Mar - Alverca, levei a Célia comigo e ele lá estava.
Com o seu charme, logo cativou a Princesa, disponibilizando-se para qualquer coisa que necessitasse-mos.
Durante dez anos, o meu bichinho pela Rádio ficou guardado numa gaveta, altura em que concretizei a minha licenciatura em Ciência da Comunicação, pelo que tivemos todo este tempo sem nos vermos.
O ano passado regressei à Volta - 19 anos depois - e ele lá estava.
Com um grande abraço, foi assim que ele me recebeu.
No final da Portuguesa, despedimo-nos “até para o ano”, mas o Joaquim, pela primeira, falhou.
A equipa da Rádio Oeste - Fernando Gregório, Veiga Trigo e Teixeira Correia - prestou-lhe homenagem no Joaquim Agostinho deste ano, com a produção de um crachá que me vai acompanhar em todas as provas de ciclismo em que estiver presente.
Descansa em paz Joaquim!
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