terça-feira, 23 de outubro de 2018

Um olhar alentejano.

Os que me conhecem mais de perto sabem quais são os meus critérios quando tenho uma televisão - ou mais - por minha conta.
Só escolho a TVI e a CMTV se for para ver desporto e mesmo assim, quase sempre sem som.
Aliás, depois do aparecimento do Correio da Manhã em versão televisão - consegue ser pior que o jornal - a TVI até parece uma televisão de jeito.
Mas dizem vocês: mas é a que tem maior audiência.
É verdade e isso não abona nada a favor dos portugueses, mas que, infelizmente, gostam muito de se saber sobre a vida de cada um, nomeadamente das desgraças, sendo isto que a CMTV lhes dá.
Dois exemplos diferentes.
A exploração do mórbido ao extremo, dando durante mais de meia-hora um corpo de um cadáver, tapado com um lençol branco, enquanto que um jornalista - que nunca se viu - repetia a mesma dezena de palavras, um número de vezes sem conta.
Mas também há incompetência.
Jogo Liechtenstein - Portugal, seleção de sub-21, numa jornada dupla.
João Félix estava castigado para esta partida, mas disponível para defrontar a Bósnia no Funchal e por isso estava na bancada a ver o jogo.
O narrador e José Manuel Freitas - o comentador - disseram várias vezes que o jogo era tão fácil, que até dava para o Rui Jorge fazer descansar o jogador do Benfica.
Estão tão focados nas pessoas que morrem, de preferência de forma violenta, que quando precisam de falar dos vivos têm grandes dificuldades.

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