Hoje recupero um texto que escrevi no dia 1 de setembro de 2017.
Já vão perceber porquê.
Os mais novos não se recordam de quem foi Veiga Trigo.
Andou na arbitragem durante 28 anos, foi polémico - qual o árbitro que não foi - e não tem saudades desses tempos.
Há uns anos conheci-o no ciclismo.
Sempre gostou da modalidade, sendo que este alentejano de Beja, arrumou o apito e pegou no microfone.
Este ano encontrámo-nos, mais uma vez, na Volta a Portugal em bicicleta.
Com o videoárbitro (VAR) em alta, não podia perder oportunidade de ouvir a sua opinião sobre este novo sistema.
Lado a lado, perguntei-lhe a sua opinião. “Só falo no fim do ano!”
Estranhei e expliquei-lhe que era uma conversa particular, nada para passar na rádio.
Reforçou “Só falo no fim da época”.
À segunda percebi e insisti “Mas não acredita no sistema?”.
“Amigo, vão mudar as queixas. Em vez de desconfiarem do árbitro de campo, vão pôr em causa o videoárbitro”.
Não é que o Veiga já começou a ter razão!
Este fim de semana o VAR voltou a desajudar no Belenenses-Benfica e no FC Porto-Feirense.
Como é possível o vídeo-árbitro validar um golo que o árbitro assistente anulou de forma correta?
E uma falta com interferência numa jogada que deu golo não foi vislumbrada pelo VAR?
Como tu tinhas razão Veiga Trigo!
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