Há assuntos de que ouvimos falar frequentemente, mas que parece que ninguém quer resolver.
Sempre que se aproximam eleições e depois delas, lá chega o tema à discussão pública.
A abstenção.
Considerando só as eleições para a Assembleia da República, a evolução do abstencionismo cresceu desde o 8,5% em 1975, até 44,1% em 2015.
Quando os números começaram a ficar preocupantes, logo os políticos vieram dizer que a culpa era dos mortos.
Que os cadernos eleitorais contemplavam muitos eleitores que já tinham falecido.
Mais recentemente a culpa é dos vivos.
Daqueles que tiveram que emigrar para terem uma vida melhor, feridos pela economia.
Mas já alguém tentou fazer alguma coisa para tentar solucionar o problema?
Para quando podermos votar sem sair de casa?
Como diz o provérbio popular, entre mortos e feridos alguém há de escapar!
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