No passado dia 8 completaram-se vinte anos sobre a entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
Na abertura de um congresso comemorativo da data, Marcelo Rebelo de Sousa classificou o veto do governo liderado por Aníbal Cavaco Silva ao Prémio Literário Europeu - corria o ano de 1992 - como "falta de senso e falta de gosto".
Recordo que quando o Presidente da República nomeou a nova procuradora-geral da República, Cavaco Silva afirmou que a não recondução da anterior procuradora é "muito estranho, estranhíssimo ...".
A resposta de Marcelo chegou rápida "entendo que, desde que exerço estas funções, não devo comentar nem ex-Presidentes, nem amanhã quando deixar de o ser, futuros Presidentes, por uma questão de cortesia e sentido de Estado".
Dias depois encontraram-se na inauguração do campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa, com Cavaco a sair da cerimónia antes do discurso do Presidente da República, com o argumento que tinha compromissos familiares.
Tempo e marcador: outubro de 2018, Marcelo Rebelo de Sousa, 2 - Aníbal Cavaco Silva, 2.
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