Aníbal Cavaco Silva lançou o segundo volume das suas memórias Quinta-Feira e outros dias.
Quando em março de 2016 abandonou o Palácio de Belém, deixou a convicção de não andaria por aí como Santana Lopes, sendo a política um capítulo encerrado na sua vida, prometendo, na altura, que iria escrever as suas memórias.
A ideia de vir para a praça pública contar episódios, que em minha opinião, deviam ficar na reserva de quem os proferiu, é sem dúvida nenhuma um ajustar de contas com alguns dos seus adversários, e não um prestar de contas, como prometeu aos portugueses.
Se as reuniões semanais entre Presidente da República e Primeiro-Ministro fossem para ser de conhecimento público, davam em direto nas televisões.
Depois há alguns capítulos que escaparam nestes dois livros de Cavaco Silva.
Onde está o artigo sobre a queda do BES e o motivo de ter afirmado que os portugueses podiam confiar no Banco Espírito Santo?
Porque não explica porque geria mal as suas receitas, quando afirmou que as pensões que recebia não davam para pagar as suas despesas?
Porque falta a explicação da sua ligação ao BPN e a Oliveira e Costa, assim como a sua associação à ascensão política de Dias Loureiro e Duarte Lima?
E a sua ligação à PIDE foi apenas uma fake new?
Tenho esperança que vamos ficar esclarecidos no terceiro volume.
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