domingo, 2 de dezembro de 2018

Um olhar alentejano

Durante a discussão, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2019, o PCP apresentou uma proposta para o alargamento do Programa Nacional de Vacinação (PNV), com a inclusão de três novas vacinas, Meningite B, Rotavírus e Vírus do Papiloma Humano para os rapazes.
Esta proposta foi aprovada pelo PSD e BE.
Até aqui tudo me parecia bem.
Mas as reações não se fizerem esperar.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse estar surpreendida com a imposição do parlamento, pois ia contra o plano da Direção-Geral de Saúde (DGS).
O Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, referiu que era uma má decisão da Assembleia da República, por ser feita sem ouvir a DGS, acrescentando que "... ainda não está concretizado que elas tenham benefícios para os doentes".
A pediatra Ana Jorge, antiga ministra do setor, fala em pressão da indústria farmacêutica para vender vacinas não essenciais.
Manuel Carmo Gomes, epidemiologista que integra a Comissão Técnica de Vacinação afirmou que "É profundamente lamentável esta vulnerabilidade ao lobby da indústria farmacêutica".
Apetece-me acabar com uma expressão popular: De boas intenções está o inferno cheio!
E a rapaziada dos medicamentos agradece!

Sem comentários: