Acho que já o disse uma vez.
Não votei em Marcelo Rebelo de Sousa, mas acho que tem feito um excelente trabalho, principalmente no seu estilo apaziguador e agregador de diferenças.
Por ele ter estas características, não estranhei a sua presença na tomada de posse de Jair Bolsonaro como presidente brasileiro.
Mas não concordei.
Apesar de não ser determinante, além do presidente português, o único país europeu representado foi a Hungria, pelo seu primeiro-ministro Viktor Orbán, líder de um partido nacionalista e conservador, conhecido por atitudes xenófobas e racistas.
Argumentou Marcelo que o Brasil é um País amigo e aliado, pertencente à CPLP.
Se tivermos um amigo, que vimos a descobrir que tem posições marcadamente racistas, xenófobas, machistas, homofóbicas e contra os direitos humanos, além de ser assumidamente preconceituoso, vamos mantê-lo ao nosso lado?
Percebo que Marcelo Rebelo de Sousa queira dar o benefício da dúvida a Bolsonaro, esperando para ver como vai ser a prestação do governo brasileiro, mas podia ter esperado para ver em Lisboa, poupando uma deslocação a Brasília.
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