Apenas um em cada quatro jovens é precário por opção própria
Estudo
revela como os trabalhos precários se vão perpetuando e repetindo, cada
vez mais, na vida dos jovens portugueses, muito mais que nos jovens do
resto da Europa.
Mais de metade dos jovens portugueses têm um trabalho precário, muito mais do que no resto da Europa e não é porque querem.
A conclusão é de um estudo agora publicado em livro: "Retratos da precariedade: quotidianos e aspirações dos trabalhadores jovens", assinado por dois sociólogos do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
O estudo relata como é cada vez mais comum os jovens, mas também os trabalhadores mais velhos, sobretudo se forem mulheres, com baixas qualificações ou que sejam imigrantes, estarem no mercado de trabalho com contratos temporários.
Na União Europeia 32,5% dos jovens com menos de 30 anos tinham em 2017 um destes contratos temporários, número que em Portugal chega aos 52,1%.
O estudo foi sobretudo qualitativo, entrevistando 24 jovens licenciados e a trabalhar, permitindo mostrar, como salienta um dos autores, Renato Carmo, que esta precariedade não é uma opção.
Pelo contrário, os números mostram que, em Portugal, 73,2% dos jovens com contratos precários estão nessa situação de forma involuntária, porque não conseguem um contrato mais seguro, sem termo, enquanto na União Europeia essa realidade apenas atinge 40,3% dos jovens precários.
O estudo e as entrevistas aos jovens revelam aquilo a que os autores chamam "infindáveis trajetos de desigualdade", numa "circulação por vários tipos de atividades precárias" e numa precariedade que se vai "perpetuando" no tempo com empresas que recorrem cada vez mais ao trabalho temporário.
Os jovens enfrentam cada vez mais um mercado de trabalho com "estágios, bolsas consecutivas, contratos a termo, recibos verdes e afins", "num ciclo de incerteza que parece interminável".
Renato Carmo afirma que "começa a ser uma raridade encontrar um jovem com um contrato estável, sem termo, o que é preocupante não apenas para o próprio indivíduo mas também para a sociedade pois o país perde com o proliferar da precariedade num vasto conjunto de áreas e profissionais de diferentes gerações".
A conclusão é de um estudo agora publicado em livro: "Retratos da precariedade: quotidianos e aspirações dos trabalhadores jovens", assinado por dois sociólogos do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
O estudo relata como é cada vez mais comum os jovens, mas também os trabalhadores mais velhos, sobretudo se forem mulheres, com baixas qualificações ou que sejam imigrantes, estarem no mercado de trabalho com contratos temporários.
Na União Europeia 32,5% dos jovens com menos de 30 anos tinham em 2017 um destes contratos temporários, número que em Portugal chega aos 52,1%.
O estudo foi sobretudo qualitativo, entrevistando 24 jovens licenciados e a trabalhar, permitindo mostrar, como salienta um dos autores, Renato Carmo, que esta precariedade não é uma opção.
Pelo contrário, os números mostram que, em Portugal, 73,2% dos jovens com contratos precários estão nessa situação de forma involuntária, porque não conseguem um contrato mais seguro, sem termo, enquanto na União Europeia essa realidade apenas atinge 40,3% dos jovens precários.
O estudo e as entrevistas aos jovens revelam aquilo a que os autores chamam "infindáveis trajetos de desigualdade", numa "circulação por vários tipos de atividades precárias" e numa precariedade que se vai "perpetuando" no tempo com empresas que recorrem cada vez mais ao trabalho temporário.
Os jovens enfrentam cada vez mais um mercado de trabalho com "estágios, bolsas consecutivas, contratos a termo, recibos verdes e afins", "num ciclo de incerteza que parece interminável".
Renato Carmo afirma que "começa a ser uma raridade encontrar um jovem com um contrato estável, sem termo, o que é preocupante não apenas para o próprio indivíduo mas também para a sociedade pois o país perde com o proliferar da precariedade num vasto conjunto de áreas e profissionais de diferentes gerações".
in TSF
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