Seis anos depois, museu de Roma recupera tesouro avaliado em 3 milhões de euros
É
uma história rocambolesca, quase que uma novela policial. Envolve uma
suspeita russa e um ladrão, que no leito de morte, confiou à esposa a
parte mais preciosa do roubo. A verdade é que, seis anos depois do
roubo, as autoridades desconhecem quem o encomendou.
As "Joias Castellani", obras-primas da
ourivesaria, estão finalmente de volta à Sala della Fortuna, no Museu
Nacional Etrusco, em Roma. Um espólio que inclui brincos, pregadeiras,
anéis e colares avaliados em mais de três milhões de euros.
As jóias, em parte cópias de trabalhos etruscos, pertencem à coleção doada ao museu em 1919 pela família Castellani, ourives romanos do século XIX. Por ocasião do sexto aniversário do roubo, o museu e a policia italiana anunciam a conclusão da investigação e apresentam a última descoberta: um colar de ouro com esmeraldas, rubis e pérolas, que um dos ladrões entregou à esposa, pouco antes de morrer.
Parte das jóias, roubadas numa noite tempestuosa na véspera da Páscoa de 2013, já tinham sido recuperadas numa primeira fase da investigação. Agora, completa-se a coleção.
Embora o processo ainda esteja a decorrer, como informou a procuradora do Ministério Público romano, a investigação pode finalmente ser concluída. "Este é um daqueles casos em que, se eu detalhasse seis anos de investigação, ninguém ficaria entediado", disse Tiziana Cugini, responsável pelo caso. "É complicado, cheio de reviravoltas", acrescentou.
Antes da meia-noite de 30 de março de 2013, três homens encapuzados e equipados com machados e granadas de fumo entraram no museu através do jardim, "lançando o pânico", lembrou Ezio Belloni, um dos seguranças de serviço naquela noite. "Honestamente, foi terrível ver a destruição", disse o segurança.
Convencidos de que o roubo foi encomendado, os investigadores centraram as suas atenções numa mulher russa que tinha manifestado grande interesse pela coleção. Massimo Maresca, ex-comandante da policia italiana, revela que a suspeita confessara a antiquários que estava "disposta a pagar qualquer preço pela coleção".
A mulher chegou a ser detida no aeroporto Fiumicino de Roma, a caminho da Rússia, após o roubo, e a polícia encontrou fotografias da coleção, bem como das câmaras de segurança na sala que abrigava a exposição e das saídas do museu, no seu telemóvel. Mas nunca houve provas suficientes para prender a suspeita russa, que acabou por ser autorizada a viajar.
Os investigadores concluíram que os perpetradores não eram ladrões especializados em arte, "mas ladrões comuns que lidavam com roubos e tráfico de droga". Os criminosos tentaram vender os artefactos no mercado negro, mas "essas tentativas não foram bem-sucedidas", afirma a procuradora Cugini. Os investigadores continuam a acreditar que os ladrões trabalhavam em nome de alguém que encomendou o assalto, mas não sabem ao certo quem está por trás do roubo.
A partir de 3 de maio, as "Joias Castellani" voltam a percorrer Itália, mas desta vez de forma oficial, numa exposição itinerante.
in TSF
As jóias, em parte cópias de trabalhos etruscos, pertencem à coleção doada ao museu em 1919 pela família Castellani, ourives romanos do século XIX. Por ocasião do sexto aniversário do roubo, o museu e a policia italiana anunciam a conclusão da investigação e apresentam a última descoberta: um colar de ouro com esmeraldas, rubis e pérolas, que um dos ladrões entregou à esposa, pouco antes de morrer.
Parte das jóias, roubadas numa noite tempestuosa na véspera da Páscoa de 2013, já tinham sido recuperadas numa primeira fase da investigação. Agora, completa-se a coleção.
Embora o processo ainda esteja a decorrer, como informou a procuradora do Ministério Público romano, a investigação pode finalmente ser concluída. "Este é um daqueles casos em que, se eu detalhasse seis anos de investigação, ninguém ficaria entediado", disse Tiziana Cugini, responsável pelo caso. "É complicado, cheio de reviravoltas", acrescentou.
Antes da meia-noite de 30 de março de 2013, três homens encapuzados e equipados com machados e granadas de fumo entraram no museu através do jardim, "lançando o pânico", lembrou Ezio Belloni, um dos seguranças de serviço naquela noite. "Honestamente, foi terrível ver a destruição", disse o segurança.
Convencidos de que o roubo foi encomendado, os investigadores centraram as suas atenções numa mulher russa que tinha manifestado grande interesse pela coleção. Massimo Maresca, ex-comandante da policia italiana, revela que a suspeita confessara a antiquários que estava "disposta a pagar qualquer preço pela coleção".
A mulher chegou a ser detida no aeroporto Fiumicino de Roma, a caminho da Rússia, após o roubo, e a polícia encontrou fotografias da coleção, bem como das câmaras de segurança na sala que abrigava a exposição e das saídas do museu, no seu telemóvel. Mas nunca houve provas suficientes para prender a suspeita russa, que acabou por ser autorizada a viajar.
Os investigadores concluíram que os perpetradores não eram ladrões especializados em arte, "mas ladrões comuns que lidavam com roubos e tráfico de droga". Os criminosos tentaram vender os artefactos no mercado negro, mas "essas tentativas não foram bem-sucedidas", afirma a procuradora Cugini. Os investigadores continuam a acreditar que os ladrões trabalhavam em nome de alguém que encomendou o assalto, mas não sabem ao certo quem está por trás do roubo.
A partir de 3 de maio, as "Joias Castellani" voltam a percorrer Itália, mas desta vez de forma oficial, numa exposição itinerante.
in TSF
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