quinta-feira, 25 de abril de 2019

Um olhar alentejano

Não me recordava em que dia da semana tinha sido.
Fui ver e foi a uma 5ª feira, como acontece esta ano.
Para mim e para todos os que gostam de opinar, talvez tenha sido uns dias mais importantes da minha vida.
Nessa altura não tinha essa consciência.
Desse dia 25 de abril lembro-me que o meu Pai tinha uma consulta em Lisboa e já não foi, assim como eu também não fui à escola e passei o dia em casa dos meus Avós, pois os meus Pais foram trabalhar.
Fico sempre muito irritado quando oiço pessoas a defenderem Salazar e os 48 anos de ditadura.
Muitas vezes o argumento é que os políticos de hoje são uns corruptos e vigaristas.
Até posso concordar, mas não permitir que as pessoas se pudessem exprimir ou impedir que conhecessem a realidade do país, era melhor?
Depois tivemos alguns políticos, pós-revolução, que provavelmente tinha gostado que o regime não tivesse mudado.
Como Cavaco Silva, que negou uma pensão a Salgueiro Maia, mas atribui-a, na mesma altura, a Óscar Cardoso o agente da PIDE, que entrincheirado na sede na António Maria Cardoso, disparou sobre a multidão causando os únicos quatro mortos da revolução.
Mesmo com os políticos desonestos de hoje, vou sempre festejar com alegria e agradecimento o Dia da Liberdade.

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