quinta-feira, 2 de maio de 2019

Um olhar alentejano

Tomei-lhe o gosto e continuo no campo dos feriados.
Como temos conversa esticada, vamos dividir isto em dois capítulos.
Vou olhar para evolução dos feriados em Portugal, após a implantação da República em 5 de outubro de 1910.
Uma semana após a revolução acabaram os feriados religiosos e ficaram apenas 5 dias de folga nacional: 1º de janeiro, 31 de janeiro (data da revolta republicana do Porto), o 5 de outubro, 1º de dezembro (única celebração civil vinda da monarquia, aceite pelos republicanos) e o dia de Natal.
O mesmo decreto permitia aos municípios escolherem um dia para as celebrações locais, origem dos feriados municipais.
Ou seja, com a chegada da República, reduzem-se a cinco os feriados nacionais.
Mas esta austeridade durou pouco e, lentamente, foram-se acrescentando dias de ócio, até aos atuais 13 (6 civis e 7 religiosos).
Em 1912 foi criado o 3 de maio para celebrar a descoberta do Brasil, em 1929, já sob a ditadura que levaria ao Estado Novo, o feriado municipal de Lisboa passa a nacional, nascendo o 10 de junho, que começou como Dia de Camões e Portugal, passou para Dia de Camões, de Portugal e da Raça em 1944, e desde 1978 é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades.
Amanhã há mais.

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