segunda-feira, 1 de julho de 2019

Um olhar alentejano

Continuo à volta de histórias ocorridas naqueles dias em que tive na Nazaré.
Trata-se de um hábito que tenho há muitos anos, influenciado por aquele que, na minha opinião, foi o melhor narrador que eu ouvi: Jorge Perestrelo.
Assumo que algumas das expressões que por vezes uso, ele também usava, mas por respeito ao seu enorme trabalho, acho que ninguém usa o seu "Ripa na Rapaqueca".
Não me recordo se ele também gostava de batizar a bola, mas eu gosto.
Entre a redondinha no futebol, até à pretinha no hóquei em patins, desta vez lembrei-me de chamar bochechuda à bola, de futebol de praia, uma alcunha que nem é original para uma bola.
Enquanto só transmitimos para a plataforma Nazaré Beach Events o Rui não me disse nada, mas quando soubemos que o íamos fazer para a Eleven Sports, ele pediu-me para eu não chamar bochechuda à Sunset, o seu nome oficial.
Consegui conter-me, mais ficou prometido que se o Sporting de Braga vencesse - a única equipa portuguesa que podia vencer a competição - eu soltava-a.
Prometido é devido.
No último golo dos arsenalistas, o sexto golo sem resposta com que venceram os polacos, quando Bê Martins marcou, soltou-se uma bochechuda orgulhosa da vitória de uma equipa portuguesa, tricampeã europeia.

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