O Pé Esquerdo desta semana vai focar-se na Taça da Liga, até porque andei por Leiria e não foi para ir ver o castelo, bem bonito por sinal, onde já estive quando era um bocadinho mais novo.
Já tinha estado na minha agenda em 2021, mas a Liga Portugal decidiu, em cima da hora, que a Rádio Voz de Alenquer não podia ter acesso a este evento, com o argumento que não era permitida a presença de rádios locais.
Questionei-me nessa altura, em tempo de pandemia e sem público nos estádios, se seria por uma questão de espaço, para ser possível manter o distanciamento social, dado que não conhecia a atual tribuna de imprensa do estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa.
Este ano fiquei esclarecido e já explico porquê.
O CANTINHO LUSO continua muito atento à Taça das Nações Africanas onde vamos ter uma meia-final entre dois treinadores portugueses.
As contingências da prova ditaram um encontro entre os Camarões - orientados por António Conceição – e o Egito de Carlos Queiroz, seleções que vão lutar na próxima 5ª feira por um lugar na final.
Conceição ou Queiroz, um deles vai estar no jogo decisivo.
Voltemos então à bancada de imprensa do Dr. Magalhães Pessoa.
Se o ano passado não houve espaço para as rádios locais, fazendo fé no argumento apresentado para não nos querem lá, este ano cabiam lá o dobro dos meios de comunicação social que estiveram presentes nas meias-finais da prova.
Mesmo assim, tivemos que fazer muitas insistências para nos responderem, porque há prazos para se pedir as acreditações, mas não existe nenhum para a chegar a resposta.
Alguns pormenores que registei, são claros da falta de organização, apesar de haver muito gente, aparentemente, com missões importantes.
Termino com esta pequena história, bem reveladora da forma como tratam a comunicação social.
Na 2ª meia-final, a iluminação no nosso local de trabalho era muito inferior à véspera.
Dirige-me a um dos responsáveis pela área, dando-lhe conta da situação, mas a resposta inicial foi de que estava “como ontem”.
Insisti, disse-lhe que tinha a certeza de que não, e o senhor lá foi ver.
Passados uns minutos, uns holofotes que eu tinha sinalizado como estando desligados, ganharam luz.
Não basta ter um bom pé esquerdo, também é preciso ser teimoso.
No QUE MAU de hoje – é verdade, este espaço perdeu o plural a partir desta semana – vou olhar para umas declarações de Gianni Infantino, presidente da FIFA.
O suíço, que tem defendido de forma intensa a realização do Mundial de dois em dois anos – vá se lá saber como – anda nesta fase a tentar convencer meio mundo da bondade da ideia, sendo que recentemente afirmou de forma lamentável: “Precisamos de dar esperança aos africanos para que não encontrem a morte no mar”.
Já que Infantino está tão preocupado com as pessoas, ele que canalize parte dos enormes lucros da FIFA para ajudar as crianças que morrem diariamente em todo o Mundo.
Sobre este tema, Jorge Valdano escreveu no sábado no jornal A Bola, deixando uma frase que define de forma perfeita a ganância desta ideia: “Se a FIFA tivesse os direitos das festas natalícias o Pai Natal chegaria de trenó também em julho”.
Guardei aqui um espaço para falar da vertente desportiva da Taça da Liga.
Conforme tinha avançado no final do jogo entre o Sporting e Santa Clara, depois de ter estado na narração para a Rádio Voz de Alenquer, como também do Benfica – Boavista, referi que a equipa de Rúben Amorim era claramente favorita para a final.
Como argumento para esta afirmação, referi que caso o Benfica jogasse como o fez com os axadrezados ir ser derrotado.
Claro que existem fatores no jogo, que como os treinadores dizem não conseguem controlar, mas o Sporting esteve sempre por cima do jogo, percebendo-se que, mesmo quando esteve em desvantagem, nunca desmontou a sua ideia de jogo.
A vitória dos sportinguistas foi justa, a arbitragem foi boa e o Benfica está metido num grande problema.
O seu futebol não tem qualidade.
Esta semana no GPS vamos voltar a voar, deste vez até ao Açores, mais concretamente até à ilha de São Miguel.
Hoje vamos falar do Futebol Clube Vale Formoso, clube fundado no 1º dia de agosto de 1971, situado no Vale das Furnas e ocupando nesta altura o 2º lugar do campeonato de São Miguel, utilizando um equipamento axadrezado, idêntico ao Boavista.
Pertence ao concelho de Povoação, sendo que a freguesia das Furnas perdeu nos últimos dez anos 4,1% da sua população, registando atualmente 700 habitantes.
Chega-se lá, partindo de Ponta Delgada, em três quartos de hora e há um local que tem que visitar, o Parque Terra Nostra, um jardim fabuloso.
Depois ficam com fome e não devem perder a oportunidade de comer o cozido, que dentro duma panela é cozinhado debaixo do chão, aproveitando o calor vulcânico à beira da lagoa das Furnas.
São vários os restaurantes que disponibilizam esta refeição, ficando a sugestão para o Tonys, onde já estive com a minha Princesa.
Neste CANTO DA PALERMICE regresso a Leiria.
Entre o local onde ficava a viatura da Rádio Voz de Alenquer e a bancada de imprensa, uma boa caminhada, ficava o contentor onde eram identificados os jornalistas.
Fomos recebidos pelo João, extremamente simpático, que tinha uma parafernália de credenciais e outro material espalhado pelo chão fora, sem uma mesa, sem uma cadeira e com muitas dores nas costas no final do dia.
Felizmente que no dia seguinte já tinham conseguido arranjar o essencial equipamento de escritório, mas sem conseguir fugir ao CANTO de hoje.
Foi decisivo na vitória do Sporting na Taça da Liga, com dois golos que carimbaram as cambalhotas no marcador.
Para o internacional espanhol Pablo Sarabia vai O VELHO desta edição do Pé Esquerdo.
Até para a semana.
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