terça-feira, 29 de março de 2022

O Melhor Pé Esquerdo de Oriola

Ódio.

Esta é uma palavra muito forte.

Sérgio Conceição esteve no Fórum da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), onde falou de vários assuntos.

A dado momento referiu “Os adeptos do FC Porto gostam de gente que odeia perder. Se não ganhar, não vou ser tão simpático aos olhos dos adeptos do FC Porto”.

Ódio.

Os treinadores de futebol têm uma função muito importante no comportamento dos adeptos, na forma como eles se comportam, na forma como eles reagem.

Um técnico de futebol, de um dos maiores clubes portugueses, tem o dever, eu diria mesmo, a obrigação de não utilizar esta palavra.

Infelizmente é o que temos nos dias de hoje.

Pessoas que utilizam o ódio para desprezar os outros.

 

O CANTINHO LUSO de hoje vai ter um repetente.

Abel Ferreira renovou com o Palmeiras, tornando-se no treinador mais bem pago da América do Sul.

Parece que duas mulheres foram decisivas nesta decisão do técnico português, Leila Pereira a presidente do verdão, e Ana Xavier, que decidiu trocar o Porto por São Paulo, juntamente com as duas filhas do casal.

Aliás, Abel já afirmou “Quem tratou do meu contrato foi a minha mulher. Lá em casa quem manda é ela”.

 

No mesmo fórum de treinadores que referi há pouco, também falou Jorge Jesus, que foi homenageado pela Associação dos seus pares por ter completado 600 jogos na 1ª divisão portuguesa.

Questionado sobre o seu futuro, referiu que recusou várias propostas para voltar a trabalhar.

Grande novidade!

Ainda a semana tinha aqui abordado este assunto.

Despedido do Benfica, ficou no acordo de rescisão que continuaria a receber o vencimento principesco que Luís Filipe Vieira lhe ofereceu, sem ainda hoje se perceber muito bem o motivo.

Quem é que lhe pagaria o que ele continua a usufruir no clube encarnado?

Certamente ninguém, mas um treinador que tanta vez refere que respira futebol, não lhe custa estar fora do balneário?

Custar, deve custar, mas ganhar sem fazer nada até que não é mau de todo! 

 

Viajo até ao Afonso Henriques no QUE MAU de hoje.

As imagens de adeptos vitorianos a arrancarem cadeiras do seu estádio, são um mau exemplo, mais um nos estádios portugueses.  

Para ajudar à festa, um vice-presidente do Vitória, recentemente eleito, veio dizer que, e passo a citar “é o nosso dever defender intransigentemente os nossos adeptos”.

Mesmo que eles sejam um grupo armado de trauliteiros, acrescento eu.

Começa mal esta nova direção vimaranense.   

 

Continuo no mesmo jogo.

Há dias falava aqui em Oriola com um amigo, grande benfiquista, sobre a altura de levar o seu filho, de oito anos, a conhecer o Estádio da Luz e toda a envolvência de um jogo da 1ª Liga.

“Acredita que ele já me pediu, mas tenho receio de o levar lá”, confessava ele.

No final do jogo em Guimarães de que falei há pouco, que se realizou no Dia do Pai, João Palhinha, jogador do Sporting, fez esta publicação numa rede social, de que retirei esta parte: “Reflitam e pensem duas vezes antes de levarem os vossos filhos ao estádio se é para terem certo tipo de atitudes. Ainda não sou pai, mas não tenho dúvidas de que a educação e a formação que deixamos aos nossos filhos é o maior legado que eles levarão para a vida” escreveu o internacional português.

Bom jogador dentro e fora das quatro linhas.

 

O GPS desta semana vai encontrar um clube na flor da idade.

Não é um trocadilho, mas sim a realidade, pois o Florgrade Football Club foi fundado em 2019, um clube que nasceu no seio de uma empresa de cortiça.

Situado em Rio Meão, uma freguesia de Santa Maria da Feira, sendo que saindo do Porto, em trinta minutos, mais coisa, menos coisa, está no Parque Desportivo Boçaquinho, casa desta equipa que está no 3º lugar da fase de apuramento de campeão da Associação de Futebol de Aveiro.

A freguesia perdeu 2,4% da sua população nos últimos dez anos, tendo nesta altura 4800 habitantes.

E onde alimentar o estômago?

Na Panela Velha, na Rua Ribas, pode degustar um excelente rodízio de carne.

 

Começo por fazer uma declaração de interesses neste CANTO DA PALERMICE de hoje.

Gosto muito do Pepa como treinador, até gostava de o ver no Benfica, mas parece que ele ainda pensa como adepto.

Viu vermelho em Alvalade porque estava a contestar uma decisão do árbitro, já perto da bandeirola de canto, muito longe da sua área técnica, mas lamenta-se assim: “... só por me deslocar 10 ou 15 metros para protestar uma falta fui expulso?!”.

Sem comentários!

 

Este espaço ficou reservado para a nossa Seleção.

Escrevo este texto menos de 24 horas depois de Portugal ter vencido a Turquia.

Fizemos uma grande exibição?

Não.

Fomos melhores que os turcos, quase sempre durante o jogo?

Sim.

Quando no final do jogo oiço certos comentadores, personalizados pelo Jorge Batista da SIC – mas há piores – que consegue descobrir debaixo das pedras tudo o que não correu bem, sendo incapaz de destacar o que de bom foi feito neste jogo, fico com a sensação que ele percebe tanto de futebol, como eu sei de agricultura.

Todos temos direito à nossa opinião, todos nós temos a nossa costela de treinador, mas não se pode ver tudo negro, quanto muitas vezes o céu esteve bem azul.

Agora é ganhar à Macedónia do Norte e confirmar a presença num Mundial natalício.

 

Quando a 12 de julho do ano passado Christian Eriksen tombou no Estádio Parken, em Copenhaga, temeu-se o pior.

No passado sábado o internacional dinamarquês regressou à seleção, num particular frente aos Países Baixos, tendo, inclusivamente, marcado um golo.

Para ele vai o VELHO de hoje.

 

Até para a semana.

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